Ministra da Agricultura reforça preocupação do Governo com as consequências do coronavírus
A ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, lamenta a interpretação feita das suas palavras, proferidas na visita à Fruit Logistica no âmbito de uma questão relativa às exportações dos produtos agroalimentares nacionais.
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Durante a visita, a titular da pasta da Agricultura referiu acreditar que o coronavírus, que teve o epicentro na China, «até pode ter consequências bastante positivas» para as exportações nacionais, mas tal teria sido abordado após refletir sobre a preocupação existente. «Ainda assim, não tenho dados que me permitam fazer uma avaliação. Atendendo a que é um mercado emergente, em crescimento explosivo, temos de preparar-nos para corresponder à nossa ambição que é reforçar as nossas vendas e equilibrarmos a nossa balança comercial», sublinhou.
Segundo Maria do Céu Albuquerque, perante o atual contexto marcado pelo coronavírus e pelas consequências do mesmo, «o sentimento é de preocupação e de solidariedade», estando Portugal «atento e totalmente disponível para cooperar na solução». A ministra da Agricultura lamenta, por isso, que tal não tenha ficado evidenciado nas suas palavras e sublinha que a prioridade nacional permanece no «reforço das garantias de segurança associadas aos produtos agroalimentares, visando corresponder às necessidades registadas e aos requisitos estabelecidos nos mercados externos».
O Governo anunciou, a 9 de janeiro, que mais cinco empresas nacionais podem exportar carne de porco para a China, juntando-se assim aos quatro operadores que já tinham recebido luz verde. Questionada sobre o aumento da confiança da carne de porco portuguesa, face à propagação do coronavírus, a ministra da Agricultura confirmou. «É verdade. A Ásia e a China têm um problema de saúde pública, nomeadamente com a peste suína africana, e também isso se veio a demonstrar enquanto um potencial para promover as nossas exportações (...) São mercados muito exigentes, do ponto de vista da criação e verificação das condições legais, mas também do próprio produto (...) Aquilo que fazemos, através da Direção Geral de Alimentação e Veterinária é um trabalho de grande proximidade com o apoio do AICEP para podermos continuar a promover os nossos produtos lá fora».