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Agrotec

Óleo de palma, floresta e conflito em São Tomé

Num país essencialmente pobre, um grande projecto agro-florestal começa com atropelos ambientais e sociais, provocando uma onda de contestação.

São apenas 50 quilómetros entre São Tomé e Ribeira Peixe, mas o caminho faz-se devagar. A estrada é sinuosa, acomoda-se ao contorno da costa e vence a orografia em curvas e declives, com o mar à esquerda e a floresta verdejante à direita.

Alguns minutos além do rio Iô Grande surgem as primeiras palmeiras. Estão alinhadas em fileiras, entre as quais foi semeada uma leguminosa para fertilizar o solo. O conjunto estende-se num tapete geométrico até ao limite onde a floresta foi cortada. Ao fundo, enquadrado por esta paisagem dual, vê-se o Cão Grande, o curioso dedo vulcânico que se eleva a 663 metros de altitude.

O cenário é tudo menos um simples cartão postal de São Tomé e Príncipe. Aquelas palmeiras fazem parte de uma exploração agro-florestal que é o tema do momento no país. Implica derrubar áreas de floresta para produzir óleo de palma e está a semear a discórdia entre cidadãos, organizações não-governamentais, empresas e administração central.

Para ler aqui.