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O consumo moderado de álcool reduz a mortalidade em 40%, segundo publicação no British Journal of Nutrition

homem e taçaO consumo de álcool é um tema recorrente e controverso nas políticas de saúde pública. Esta prática relaciona-se com uma diminuição da mortalidade apenas quando se toma em quantidades moderadas (1-2 copos para mulheres, 3-4 para os homens). Por outro lado, acima destes limites, o consumo de vinho aumenta o risco de falecer pelas mais distintas causas. De qualquer forma, o consumo de álcool inclui muitas outras dimensões para além da simples quantidade de álcool ingerido.

Num estudo epidemiológico prospetivo, publicado recentemente no British Journal of Nutrition, investigadores da Universidade de Navarra e de CIBEROBN, conseguiram ligar pela primeira vez a influência de todo o padrão global de consumo de álcool e a relação com a mortalidade. Para além da quantidade, o estudo responde à pergunta de como se deve beber de maneira saudável.

Segundo estes resultados, o padrão de consumo de álcool tradicional mediterrâneo relaciona-se com uma diminuição da mortalidade.

Redução da mortalidade em 40%

O estudo, que contou com 18.394 participantes seguidos durante uma média de mais de 7 anos, demonstra que quando o consumo de álcool se adapta aos 7 princípios do consumo mediterrâneo tradicional, se reduz a mortalidade em 40% relativamente aos abstémicos. Os especialistas definem estes 7 princípios da seguinte forma: beber em quantidades moderadas (até dois copos por dia para as mulheres e 4 para os homens); fazê-lo deforma repartida ao longo da semana e evitar o consumo concentrado ao fim de semana; dar preferência ao vinho; tinto se possível; consumir sempre acompanhado por comida; evitar o consumo de bebidas destiladas; e nunca ultrapassar 5 bebidas num dia.

Esta proteção vai mais além daquela que se consegue simplesmente com um consumo moderado. Contrariamente, quando o consumo de álcool se distancia destes padrões, duplica-se o risco de mortalidade.

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