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Agrotec

Numa década desceu mais de metade o número de produtores maronês

Numa década as famílias que se dedicam à produção de gado maronês diminuíram das cerca de três mil para as 1.300, mas o envelhecimento e as novas obrigações fiscais poderão contribuir para um maior abandono da actividade.

Nas serras do Alvão e Marão há ainda muitas aldeias de produtores. É o caso de Limões, concelho de Ribeira de Pena. Em quase todas as casas há pelo menos uma vaca.

Maria Augusta acorda cedo todos os dias para levar as duas vacas para o pasto. Já teve mais, agora as duas vão dando para ajudar a pagar as contas em casa, mas apenas por causa do subsídio. Para as manter «tem que comprar o feno e tudo. Se não viesse o subsídio não dava para nada», afirmou à agência Lusa.

Maria Lúcia tem mais animais, sete vacas e três vitelos, mas a rotina é idêntica. Há que levantar cedo todos os animais para limpar a corte e levar os animais para o lameiro. «Isto dá muita despesa e muito trabalho, pouco ajuda a pagar as contas lá de casa», frisou.

Desde pequeno que José Ribeiro é criador de raça maronesa. Possui um efectivo de 35 animais e é o subsídio que recebe que ajuda a que a actividade compense. «Porque a perda de venda foi muito grande. Há 20 anos vendia-mos o quilo da carne ao mesmo preço que vendemos hoje», salientou. E, enquanto isso, os custos de produção «aumentaram quatro, cinco ou seis anos».

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