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Agrotec

INE: Rendimento da atividade agrícola deverá cair 3.2% em 2014

trator-novoO rendimento da atividade agrícola, em termos reais, por unidade de trabalho ano (UTA), deverá cair 3,2% em 2014 face ao ano anterior, segundo a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para este ano.

A informação divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) frisa que apesar da redução estimada para o volume de mão de obra agrícola, de -3,1%, «as evoluções nominais negativas» do Valor Acrescentado Bruto (VAB), que cairá 2,8%, e dos outros subsídios à produção, que deverão descer 5,2%, «foram determinantes» para a evolução do rendimento da atividade agrícola.

Por sua vez, detalha ainda que a variação negativa da produção do ramo agrícola foi de 3,2%, contribuindo para a queda nominal do VAB, ainda que tenha sido atenuada pela «redução mais acentuada do consumo intermédio, de -3,4%». O INE prevê que o VAB aumente em termos reais 3,4%.

A produção a preços de base do ramo agrícola também deverá reduzir-se, sobretudo devido à queda de 4% dos preços, «dado que para o volume é expectável um ligeiro aumento», de 0,9%, diz o instituto, acrescentando que os subsídios aos produtos também desceram 11,1%.

A descida em termos nominais da produção do ramo agrícola «foi reflexo» das variações nominais negativas da produção vegetal, de -5,2%, uma vez que a produção animal não variou substancialmente, com -0,4%, especifica.

Já quanto à produção vegetal, o INE estima um aumento ligeiro do volume de 0,8% e uma descida dos preços de 6%, enquanto que para a produção animal as estimativas atuais «apontam para uma quase compensação da variação do volume, de 1,1% com a variação dos preços, com -1,5%».

O consumo intermédio também terá uma descida nominal de 3,4%, que resulta de variações negativas face a 2013 em volume, de -0,5%, devido às variações negativas de 0,9% dos alimentos para animais, e em preço, com -2,9%.

Neste último caso, o INE prevê o comportamento dos preços dos adubos e corretivos do solo em -7,4%; da energia e lubrificantes, -5,8% e dos alimentos para animais, -4,4%, que «deverão ser determinantes na evolução dos preços do consumo intermédio».

O INE explicou que esta é a primeira estimativa das Contas Económicas da Agricultura (CEA) para o ano de 2014, na base 2011, que incorporou as alterações metodológicas decorrentes da adoção do Sistema Europeu de Contas (SEC 2010), implicando revisões relevantes em alguns resultados face à base de 2006, nomeadamente a reintrodução das unidades do tipo agrupamento de produtores e cooperativas de vinho e de azeite decorrente de orientações do Eurostat e a inclusão de novas fontes de informação.

Além disso, adianta ainda que será efetuada uma segunda estimativa para este ano até 31 de janeiro de 2015, em conformidade com o regulamento das CEA.

Fonte: Lusa (via Confagri) – ver aqui.