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Agrotec

Exportadores de Mirtilo otimistas com futuro da fileira

mirtiloExportadores e empresários de mirtilo reuniram-se na passada 6a feira na Feira do Mirtilo.

Empresas de diversas dimensões e com diferentes posicionamentos no mercado que se dedicam à comercialização e produção de mirtilo, oriundas das diversas regiões do país, analisaram a atual campanha de produção e discutiram estratégias de médio e longo prazo para a fileira dos pequenos frutos.

Foi unânime a opinião de que existe uma procura internacional semelhante à dos anos anteriores, o que tem assegurado o normal escoamento da produção. Alguns empresários afirmaram mesmo que já não têm mais produto para venda. Referiram que, na presente campanha, os preços voltaram a rondar os preços médios das campanhas de anos passados. Alertaram, contudo, para o caráter excecional dos preços praticados na campanha de 2013 (ano em que foi batido o respetivo recorde) pelo que tais valores não devem ser tomados como referência.

A garantia da qualidade, a certificação dos produtos e o apertado controlo de custos são condições básicas para o sucesso deste negócio. Foi sublinhado, ainda, que se trata de um negócio exigente, que obriga a uma atitude pautada pela dedicação, responsabilidade e profissionalismo. “A cultura comercial do mirtilo não é um hobby de fim-de-semana: quem assim pensar não vai ganhar dinheiro e, como acontece com qualquer hobby, vai ter que pagar para dele desfrutar”, sublinhava um agente comercializador.

Foi manifestada a vontade dos exportadores presentes em continuar a trabalhar com os produtores de uma forma organizada, de modo a que tal parceria se possa traduzir num maior poder negocial, que traga benefícios para todos os intervenientes.

Esta reunião, promovida pela Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial, com sede em Sever do Vouga, foi aberta aos produtores e caracterizou-se por uma elevada participação, originando um interessante e vivo debate, cujas conclusões terão, certamente, impacto no futuro do negócio.

“Uma coisa é certa: não há outra atividade no setor frutícola tão rentável como a dos pequenos frutos”, rematou, em jeito de conclusão final, um dos maiores comercializadores do norte de Portugal.

Fonte: AGIM.