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Agrotec

CE propôs aos 27 proibição de pesticidas devido a impacto nas abelhas

Bruxelas anunciou que propôs aos Estados-membros da União Europeia que determinados pesticidas venham a ser proibidos na Europa, a partir de Julho e durante dois anos, devido ao grave impacto que têm nas abelhas.

Cabe agora aos 27 Estados-membros decidir se aprovam ou não esta iniciativa, lançada pela Comissão Europeia depois de um relatório da Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) ter relevado que pesticidas frequentemente utilizados, conhecidos como neonicotinóides, têm efeitos graves sobre as populações de abelhas.

«Propusemos suspender, por dois anos, a utilização de três «neonicotinóides contidos em três pesticidas que são utilizados nas culturas de milho, canola, girassol e algodão», precisou Frederic Vincent, porta-voz do comissário europeu da Saúde e Defesa do Consumidor, Tonio Borg.

A possível proibição dos três neonicotinóides em causa, Clotianidina, Tiametoxam e Imidaclopride, foi um assunto que foi discutido por vários especialistas europeus na reunião desta semana do comité permanente da União Europeia (UE) responsável por estes assuntos.

Os peritos vão agora apresentar as conclusões aos respectivos governos e «se as condições forem cumpridas» Bruxelas irá apresentar uma «proposta de regulamentação» para que a proibição destes pesticidas possa ser adoptada, explicou Frederic Vincent, citado pela agência francesa AFP.

A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar lembra que estudos científicos realizados nos últimos anos permitiram concluir que os pesticidas “sistémicos” ou neonicotinóides têm um impacto letal sobre as abelhas, desorientando-as ao ponto de estas não conseguirem regressar às colmeias.

Alguns Estados-membros já tomaram medidas para suspender, total ou parcialmente, a utilização destes pesticidas, entre os quais a França, a Itália, a Alemanha, a Holanda e a Eslovénia.

Fonte: Lusa (via Confagri)