Operação internacional da Europol apreende 71 toneladas de fitofármacos ilegais em portugal
Operação de âmbito europeu resultou na apreensão de 550 toneladas de produtos fitofarmacêuticos ilegais em cerca de 30 países e permitiu apreender 71 toneladas de produtos ilegais só em Portugal, representando um total de 231 unidades de materiais fitofarmacêuticos contrafeitos confiscados em território nacional.
Um marco nas apreensões da Europol – Serviço Europeu de Polícia, que na sua quarta edição, volta a bater recordes. Desde o seu lançamento, em 2012 que esta operação já apreendeu 1.222 toneladas de produtos falsificados, sendo este o maior registo de apreensões realizadas até ao momento. Para o sucesso e recordes batidos naquela que foi a quarta edição da operação Silver Axe, contribuíram as rigorosas inspecções em portos, aeroportos e fronteiras terrestres, além das inspecções realizadas em empresas especializadas em produção e embalamento nos 29 países envolvidos: Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suiça, Ucrânia e Reino Unido.
Esta operação teve o apoio do Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) e a colaboração de diferentes organizações europeias e internacionais, entre as quais a Associação Europeia para a Protecção das Plantas (ECPA), a CropLife Internacional.
Para algumas das operações em território português, contou com o apoio da Associação Nacional da Indústria para a Protecção das Plantas (ANIPLA). Recorde-se que operações como a Silver Axe revestem-se de especial importância numa altura em que o controlo na produção e comercialização de produtos fitofarmacêuticos na União Europeia é cada vez mais apertado, e tendo em conta os riscos que os produtos falsificados representam para o meio ambiente, saúde e segurança dos consumidores. Por isso mesmo, em toda a investigação, a Europol cruzou e analisou os dados recolhidos no total de países envolvidos, em estreita ligação com 34 empresas ligadas à produção e comércio de produtos fitofarmacêuticos, além de terem destacado seis peritos no terreno para apoiar acções nos estados membros.
Para o diretor executivo da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas (ANIPLA), António Lopes Dias “é notório o envolvimento e compromisso crescente de todas as entidades, países e parceiros, no combate a esta fraude, visível na superação de resultados ano após ano. É para nós um enorme orgulho fazer parte do combate a este flagelo, e responder positivamente à necessidade de cooperação que existe face à complexidade e escala desta fraude”.