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Hortas urbanas são “prioridade eleitoral” da CDU no Porto

O vereador da CDU na Câmara do Porto anunciou hoje (dia 10) que a criação de hortas urbanas será “prioridade eleitoral” do seu partido no próximo mandato autárquico e destacou as valências económicas e sociais deste projeto ambiental.

“Aproveitar terrenos para lhes dar uma valência económica, ambiental, social e comunitária será uma prioridade eleitoral da CDU para o próximo mandato autárquico”, anunciou Pedro Carvalho, que garantiu não estar a assumir-se como candidato da CDU à Câmara do Porto mas repetiu a “disponibilidade” para o fazer.

Em declarações à Lusa depois de uma visita à horta das Condominhas, a segunda e última criada pela autarquia (em 2005), Pedro Carvalho explicou que o cultivo comunitário é uma forma de reduzir as despesas das famílias numa altura de crise.

“Isto é uma forma de dar às famílias a possibilidade de produzirem os seus próprios alimentos e reduzirem despesas com alimentação. Falaram-nos em centenas de pessoas no Porto à procura de ter o seu talhão”, descreveu o comunista.

Atualmente, existem na cidade “seis hortas integradas no programa Horta à Porta” da Lipor [Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto].

Este número inclui as duas hortas municipais criadas entre 2002 e 2005, quando o vereador da CDU ocupava o pelouro do Ambiente na autarquia portuense, observou Pedro Carvalho.

“Deixamos de ter o pelouro [do Ambiente] e as hortas foram esquecidas. O projeto das hortas municipais acabou por ser completamente abandonado”, lamentou.

Em 2011, a CDU apresentou em reunião camarária uma proposta “aprovada por unanimidade” com o objetivo de “identificar terrenos onde expandir as hortas municipais”, tendo em conta “a situação económico-social que se vive”, recordou.

Assegurando que desde então “nada foi feito”, o comunista critica a “falta de vontade política” da maioria PSD/CDS “em encarar a questão das hortas urbanas como prioritárias”.

“Estamos a falar de terrenos camarários devolutos, às vezes utilizados para consumo e tráfico de droga, aos quais podia ser dado valência económico-social. Seria também uma forma de promover uso racional da reciclagem dos resíduos sólidos através da compostagem”, alertou.

Pelo contrário, Pedro Carvalho diz que o que acontece é a “venda de terrenos camarários para especulação imobiliária”.

“O único uso que esta Câmara sabe dar aos terrenos que tem é vendê-los, muitas vezes ao desbarato, quando podia usá-los em benefício da cidade”, defendeu o vereador, que pretende abordar o assunto na próxima reunião do executivo.

Falando “nos cinco concelhos agregados à Lipor, Pedro Carvalho aponta a existência de “duas mil pessoas” à procura local para cultivar frutas e legumes.

Fonte: ionline.