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Agrotec

Floricultura e plantas ornamentais: uma actividade em expansão

Em Portugal existiam 1.010 explorações em 2012 a produzir culturas florícolas (flores e folhagens de corte e plantas ornamentais) numa área base 1.365 ha, 1/3 dos quais em estufa.
As flores e folhagens de corte são maioritariamente produzidas nas regiões do Alentejo e de Lisboa. Por municípios, Odemira concentra 30% da superfície instalada com estas culturas, seguindo-se Montijo e Alcochete que, em conjunto, detêm 20% desta área.
As plantas ornamentais têm maior expressão nas regiões do Centro (30%) e do Algarve (20%), embora, também neste caso, seja Odemira o município que concentra mais área (12%).
A produção florícola recorre maioritariamente à mão-de-obra assalariada (78% da mão-de-obra total), o que contrasta com o sector agrícola em geral, onde 80% do volume de trabalho é familiar.
Cerca de 28% da produção de 2012 foi exportada.

A informação que se apresenta, é baseada no Inquérito à Floricultura e Plantas Ornamentais 2012, realizado pelo INE na sequência do último recenseamento agrícola.

plantas-ornamentais-de-jardimA necessidade de informação estatística no domínio da floricultura levou a que o INE, na sequência do último Recenseamento Agrícola 2009 (RA 09), realizasse o Inquérito à Floricultura e Plantas Ornamentais 2012 (IFPO 2012), disponibilizando em suporte digital a publicação de análise dos resultados obtidos.
Esta publicação está organizada em três capítulos, analisando-se no primeiro os principais resultados de 2012 por NUTS II, recorrendo à comparação, sempre que pertinente, com a informação apurada no inquérito à floricultura realizado em 2002. No segundo capítulo é apresentado um conjunto de quadros estatísticos com informação desagregada por NUTS II ou município, seleccionados de modo a apresentar uma panorâmica geral do sector. Para uma melhor compreensão dos resultados, são apresentados no terceiro capítulo a nota metodológica e os conceitos subjacentes ao inquérito.

As explorações florícolas em Portugal

Em 2012 existiam em Portugal 1 010 explorações com culturas florícolas, que ocupavam uma área base de 1 365 ha, dos quais 564 ha com flores de corte, 185 ha com folhagens de corte e complementos de flor e 617 ha com plantas ornamentais. Embora entre 2002 e 2012 todos os tipos de produção florícola tenham registado um incremento das superfícies, destacam-se as plantas ornamentais, cuja área aumentou 240 ha.

Dimensão média das explorações de floricultura aumentou

A área base média de floricultura por exploração foi de 1,4 ha em 2012, o que representa um aumento de 85% face a 2002. Também a dimensão média da área de estufas por exploração aumentou significativamente passando de 0,4 ha para 0,7 ha.

Estufas ocupam cerca de 1/3 da área base de floricultura

A superfície de estufas com floricultura ocupou 456 ha em 2012, dos quais 157 ha localizados na NUTS II de Lisboa. As superfícies exploradas ao ar livre registaram um incremento de 294 ha face a 2002.

Principais produções de flores, folhagens e plantas ornamentais

A prótea é a flor de corte mais representativa, ocupando 20% da superfície produtiva. O feto é a principal folhagem de corte, enquanto a fúchsia (brincos de princesa) é a planta ornamental mais comercializada.

Indicadores laborais na floricultura

Entre 2002 e 2012 registou-se um aumento do volume de trabalho por unidade produtiva (+27%), justificado pelo redimensionamento das explorações. Por outro lado verificou-se uma melhoria da eficiência de trabalho, expressa em unidades de trabalho ano (1 UTA = 225 dias de trabalho a 8 horas por dia) necessárias para explorar 1 ha de floricultura, que passaram de 4,0 UTA/ha para 2,7 UTA/ha.

Principais formas de escoamento da produção

A exportação apresenta uma importância estratégica para o sector, sendo a principal forma de escoamento das folhagens de corte e complementos de flor e a segunda mais importante para as flores de corte e para as plantas ornamentais. No mercado interno, a comercialização das flores de corte é dominada pelos grossistas e a de plantas ornamentais pelos garden centres.

Leia o resto aqui: http://www.agroportal.pt/x/agronoticias/2013/05/10g.htm