Colheita de cereais da China atinge recorde com 607,1 milhões de toneladas
A China registou um novo recorde de produção de cereais neste ano, alcançando uma produção de 607,1 milhões de toneladas, segundo dados do ministério da Agricultura daquele país, divulgados nesta sexta-feira (5/12). Essa é a 11ª colheita recorde consecutiva.
Como a China anulou algumas políticas para permitir o aumento das importações de cereais nos últimos anos, o nível de produção tornou-se um indicador importante sobre o potencial de crescimento do comércio agrícola chinês.
As produções de trigo e arroz cresceram para 7,05 milhões de toneladas, com qualidade dos grãos muito superior à obtida nos últimos anos, afirmou o economista-chefe do ministério da Agricultura da China, Bi Meijia, em conferência de imprensa.
Bi também afirmou que o rendimento das explorações registou um aumento, atingindo o maior nível em oito anos. O ritmo de colheita cresceu 0,9% ante 2013.
Neste ano, o ministério alterou a categoria de cereais sob a qual o país precisa atingir o nível de “segurança absoluta”, excluindo milho e mantendo apenas arroz e trigo. Analistas dizem que a mudança sugere que o governo continuará perseguindo a autossuficiência na produção desses produtos, mas deve deixar o mercado de milho ainda aberto a importações.
O porta-voz não revelou dados de produção de milho, apesar de afirmar que a colheita do cereal registra crescimento constante.
O governo chinês está ansioso por diminuir a sensação, entre agentes da indústria, de que o país está a importar mais grãos. A China também tem trabalhado para ampliar a sua fonte de suprimento de milho. Nos últimos anos, os Estados Unidos foram fonte de 97% das importações chinesas do cereal.
“Agora, importações de arroz, trigo e milho respondem por 2,4% da nossa produção, o que é relativamente baixo”, disse o economista. “Nós vamos importar uma parte do que temos pouca oferta, mas os volumes não serão grandes”, disse.
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