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Agrotec

Vila Real: desmantelado matadouro ilegal

Foram apreendidas 328 carcaças de ovinos e caprinos, respetivas peles, cerca de 200 quilos de vísceras.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) anunciou esta quinta-feira que desmantelou um matadouro ilegal, em Vila Real, durante uma ação de fiscalização que visava combater o crime de abate clandestino de animais. A operação realizada na quarta-feira resultou de uma investigação que decorria há cerca de seis meses por parte da Unidade Regional do Norte -- Unidade Operacional de Mirandela. A ASAE disse, em comunicado, que se tratou de uma "ação de defesa da saúde pública" e que foi instaurado um processo-crime por abate clandestino.

De acordo com a autoridade, durante a operação foram identificadas algumas pessoas, que são ainda suspeitos da contrafação das marcas oficiais, usadas pela inspeção sanitária da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Contactada pela agência Lusa, fonte da ASAE não quis especificar o número de pessoas identificadas, justificando que ainda estão a decorrer averiguações no âmbito do inquérito. Durante a intervenção na exploração pecuária, os inspetores dizem que constataram "que ali se procedia ao abate massivo de pequenos ruminantes (ovinos e caprinos)", apesar do local "não estar licenciado para o efeito e sem condições de higiene adequadas".

A autoridade referiu ainda que os animais "não eram sujeitos à inspeção sanitária oficial obrigatória antes e após o abate, para despiste de doenças". Como resultado da ação foram apreendidas 328 carcaças de ovinos e caprinos, respetivas peles, cerca de 200 quilos de vísceras e diversos instrumentos usados no abate. Foram ainda apreendidos 160 animais vivos, por não se encontrarem identificados com as marcas auriculares e se suspeitar serem destinados, também, a abate clandestino. O valor total da apreensão ascende a cerca de 33.200 euros. A ASAE afirmou que vai manter "particular atenção ao fenómeno", devido ao "acréscimo de procura das carnes de caprino e ovino que se verifica neste período da Páscoa.

O objetivo é "reprimir práticas suscetíveis de colocar em risco a saúde dos consumidores". Esta operação contou com a colaboração dos serviços regionais da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária.

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