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Agrotec

Meios de prevenção e combate à potra da couve

Esta é uma doença com grande importância económica em muitas zonas de produção de couves. Pode atacar quase todas as espécies hortícolas da família das crucíferas, desde nabos, penca, couve-galega, couve coração, lombarda, couve brócolo, couve-flor, couve-de-bruxelas, entre outros. Pode, também, atacar espécies espontâneas, tornando o solo impróprio durante vários anos para a produção destas culturas.

Potra da couve

Fatores favoráveis ao desenvovilmento da potra

  • Solos húmidos e com tendência a encharcamentos;

  • Solos pesados e compactos;

  • Solos de baixo pH (solos ácidos);

  • Plantação repetida de crucíferas na mesma parcela;

  • Viveiros infetados;

  • Águas que escorrem de solos contaminados;

  • Existência de restos de culturas atacadas no solo. 

Meios de prevenção e de combate à doença

  • A não existência de meios de luta, faz com que a solução para este problema tenha que ser um conjunto de medidas culturais preventivas;

  • Na preparação do solo, fazer análise de terra, de modo a efetuar as correções necessárias e evitando adubações excessivas;

  • Elevar o pH para níveis próximos da neutralidade, através de corretivos calcários ou adubações alcalinizantes, de acordo com a análise prévia a efetuar ao terreno. Um dos adubos alcalinizantes existentes no mercado como fertilizante azotado, e com ação fungicida, herbicida e outras propriedades, é a cianamida cálcica. Esta, por ser um adubo cáustico, deve ser incorporada no terreno pelo menos 15 dias antes da plantação;

  • No entanto, há que evitar aplicações exageradas de calcário, que podem conduzir ao bloqueamento (não absorção pelas plantas) de outros nutrientes como, por exemplo, o fósforo;

  • Evitar produzir couves em solos pesados e compactos;

  • Evitar solos com problemas de drenagem;

  • Utilizar plantas sãs, provenientes de viveiros de confiança. Ao fazer o transplante, examinar cuidadosamente as plantas e rejeitar as que apresentam tumores característicos da potra;

  • Destruir as crucíferas espontâneas (por exemplo, saramagos ou labrestos, mostarda brava) na parcela;

  • Arrancar e queimar as plantas atingidas, tendo o cuidado de retirar do solo os restos das raízes;

  • Fazer rotações tão longas quanto possível, não cultivando crucíferas pelo menos durante 7 ou 8 anos no mesmo local;

  • Não existem produtos fitofarmacêuticos homologados para combate a esta doença.

Não confundir a potra com a falsa potra pois, apesar de os sintomas terem alguma semelhança, os tumores da falsa potra são provocados por um inseto. 

FONTE: Avisos da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho