FacebookRSS feed

Agrotec

“Verdes” dizem ao Governo para se “ir embora”, Cristas aponta agricultura como solução

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) pediu hoje ao Governo para “ir embora” pelo falhanço nas “funções sociais do Estado”, enquanto a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, apontou a aposta na agricultura como uma das soluções.

“Se o Governo não consegue assegurar as funções sociais do Estado, se não se sentem com forças para isso, só lhe resta uma saída: ir embora”, concluiu o deputado ecologista José Luís Ferreira, na interpelação ao executivo da coligação PSD/CDS-PP.

“Os Verdes” quiseram “mostrar ao Governo” e à maioria que o sustenta que “as políticas não estão a resultar e estão a afundar o país e a colocar os portugueses a pão e água”.

“Não estão para aí virados, agarrados ao dogma da austeridade e aos ditames do Fundo Monetário Internacional, a seguir religiosamente as instruções do exterior. Estão dispostos a fazê-lo com uma fidelidade que chega até a meter dó”, continuou José Luís Ferreira.

Já a ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, muito criticada antes pela entrada em vigor da nova legislação sobre o arrendamento urbano, optou por falar das potencialidades do mundo rural para combater “o maior flagelo que assola o país, o desemprego, sobretudo o desemprego jovem”.

“Na área da agricultura, vejo esta capacidade de adaptação [a novas atividades] todos os dias. O setor cresce 2,8 por cento, as exportações aumentam mais do que a média, há um mercado interno por satisfazer e um mercado externo repleto de oportunidades”, destacou.

A responsável governamental sublinhou que “valeu e vale a pena apostar na agricultura, hoje um setor vivo, dinâmico e cheio de esperança”, adiantando que o executivo vai ter iniciativas para “recuperar o ensino profissional neste domínio”.

“Assim também se faz política social e económica. Cultivar é produzir, é crescer e criar emprego”, disse Assunção Cristas, depois de as bancadas da oposição terem criticada a presença sem intervir do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.

“As pessoas cantam [“Grândola, Vila Morena”] porque não compreendem como é que o Governo diz que não há dinheiro para a Saúde, a Educação, aumentar o salário mínimo, baixar impostos, mas aparece sempre dinheiro quando a banca precisa. As pessoas manifestam-se porque começam a sentir que, ao contrario do que diz o ministro das previsões falhadas, começam a pagar ao mais ao Estado do que aquilo que dele recebem”, tinha apontado José Luís Ferreira anteriormente.

Jornal i