FacebookRSS feed

Agrotec

Universidade de Aveiro estuda técnica inédita no país contra a erosão depois dos incêndios florestais

Reduzir drasticamente o nível de erosão dos solos florestais depois da ocorrência de um incêndio é o grande objectivo do mulching, uma técnica que pela primeira vez está a ser estudada em Portugal pela mão de uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA). Tendo em conta que após um incêndio a erosão por acção da água das chuvas pode levar a perdas de cerca de 50 toneladas de solo, a técnica em estudo pela UA pode reduzir a escorrência de águas nos terrenos ardidos em mais 40 por cento e, com isso, diminuir a erosão do solo em 90 por cento. O método inovador que a UA quer introduzir em Portugal, e que em tradução livre se pode designar por ‘acolchoado’, consiste na distribuição pelos solos consumidos pelo fogo de uma camada de restos florestais triturados.

“Com a vegetação e a manta morta da superfície dos terrenos transformados em cinzas o solo fica extremamente vulnerável à acção da erosão”, aponta Sérgio Alegre. O investigador do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da UA, e responsável pelos primeiros estudos em Portugal da utilização do mulching, relata que há terrenos que chegam a perder várias dezenas de toneladas de solo por hectare durante o primeiro ano depois de um incêndio. “As implicações negativas que este cenário acarreta vão desde a perda de fertilidade e produtividade dos solos até à destruição dos ecossistemas e bens a jusante das áreas afectadas como é o caso de caminhos, pontes, praias fluviais ou propriedades”, diz o investigador.

Para ler aqui.