Setor Hortofrutícola: as diferenças entre o Norte e Sul da Europa
A situação das frutas e hortícolas no Norte e Sul da União Europeia (UE) têm realidades diferentes, como também são distintas nas suas necessidades em relação à futura modificação da norma comunitária.
O sul quer recuperar o consumo que perdeu, melhorar as exportações e assegurar rendimentos no caso de crise, enquanto o norte pretende reestruturar mais os setor através das, já bastante implantadas, organizações de produtores.
Estas são conclusões demonstradas nos estudos realizados pela Assembleia de Regiões Europeias de Frutas e Hortícolas (AREFLH), para o Parlamento Europeu, com o objetivo de analisar a situação do setor na Europa de forma a melhorar a normativa da UE.
O estudo do setor das frutas e hortícolas no sul da Europa manifestou que a grande preocupação é a recuperação do consumo, que caiu em 20% nos últimos dez anos. Recuperar este consumo não seria apenas positivo para o e equilibro de mercado mas também para saúde dos consumidores.
O setor do sul está ainda interessado em aumentar as exportações, para o qual seria necessário conseguir levantar barreiras tarifárias e fitossanitárias impostas por alguns países. Para além disso, defendem a simplificação da Organização Comum de Mercado (OCM) e a sua capacidade de prevenir crises de mercado de forma a assegurar um rendimento mínimo aos produtores.
Pelo contrário, o estudo do setor do norte da Europa considera que não são necessárias novas normas, pois consideram que as existentes funcionam muito bem para aumentar a organização do setor, tanto em número de agricultores que são membros de uma organização, como em quantidade de produto vendido através das mesmas.
No entanto, defendem que deveria seguir-se na linha de reorganização do setor, promovendo o aumento das associações para formar estruturas federais. Apenas mencionam a necessidade de simplificação da legislação ambiental e o desenvolvimento de inovação, formação e assistência na gestão.
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