Sector agrícola nacional está”dinâmico”, mas precisa de ganhar “escala”
O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Alimentar, Nuno Vieira e Brito, destacou ontem o “dinamismo” do sector agrícola nacional, mas considerou necessário um reforço das parcerias envolvendo produtores, universidades e estruturas de comercialização.
“Temos a tecnologia e a qualidade dos produtos, que temos que valorizar. O que é, ainda, um pouco incipiente é a estrutura da comercialização, da inovação e das parcerias que se fazem entre as universidades, entre os agricultores e entre as estruturas profissionais. Aí temos ainda um papel mais activo para desempenhar”, sustentou o governante.
A este propósito, Nuno Vieira e Brito referiu que, no próximo quadro comunitário de apoio, haverá apoios específicos para a reorganização das associações de produtores no sentido de “uma maior eficiência e maior escala no circuito comercial”.
O secretário de Estado falava aos jornalistas à margem da conferência/debate “Por um novo paradigma para o desenvolvimento da agricultura do norte de Portugal”, que ontem reuniu no Porto investigadores científicos nacionais e estrangeiros e empresários agrícolas.
Na sessão de encerramento da iniciativa, o governante recordou que, “em 2011 – e em contra-ciclo com os outros sectores económicos –, o sector da agricultura cresceu 2,6%”, sendo que este “panorama de dinamismo” se observa “não só na produção mas também no sector agro-alimentar”.
“A exportação dos produtos agro-alimentares em Portugal já representa cerca de 10% do total das exportações e, em 2012, aumentou 6,2%”, salientou.
Paralelamente, Nuno Vieira e Brito destacou o “forte investimento em jovens agricultores”, traduzido no surgimento de “cerca de 280 novos projectos” por mês.
Entre as fileiras agrícolas mais dinâmicas, o secretário de Estado apontou a do tomate (cuja produtividade “só fica atrás da Califórnia”) e a do azeite (cujas exportações somam 55 milhões de euros e têm crescido muito nos últimos anos), para além do sector do vinho, das hortícolas (nomeadamente das hortícolas frescas para os países europeus) e das frutas.
Quanto à região norte, o governante apontou a “diversidade” como grande trunfo, quer ao nível das culturas quer dos “recursos genéticos, da forma de estar e da forma como a produção actua com o ambiente, por exemplo na área do turismo”.
Adicionalmente, Vieira e Brito apontou a “dinâmica muito interessante, que deve ser aproveitada e prolongada, do conceito da euro-região” norte de Portugal/Galiza.
Fonte: Lusa (via Agroportal)