Resíduos de cerveja podem ser aproveitados para regenerar ossos
Investigadores espanhóis e algumas empresas de estruturas dentárias desenvolveram materiais biocompatíveis a partir de um resto orgânico do processado de malte, o bagaço.
A colaboração entre centros de investigação espanhóis e algumas empresas permitiu desenvolver materiais para regenerar ossos a partir do resíduo da produção de cerveja, o bagaço.
Estes novos materiais são uma alternativa às próteses formadas a partir de ossos de ovino processados ou materiais de sintese, cujos processos de fabricação são muito mais caros e agressivos para o meio ambiente.
Durante o processo de produção de cerveja geram-se resíduos que contêm os principais componentes químicos presentes no osso (fósforo, cálcio sílice e magnésio), pelo que, depois de se modificarem, podem servir como suportes ou matrizes para o recobrimento de próteses, enxertos de osso ou implantes odontoestomatológicos.
A utilização de materiais sintéticos como substitutos de ossos é até ao momento a terapia mais utilizada para o tratamento de alterações ósseas. As estratégias terapêuticas baseiam-se na utilização de matrizes porosas mas suficientemente rígidas, compostas por materiais biocompatíveis, que servem como moldes que proporcionam estabilidade mecânica e, ao mesmo tempo, promovem o crescimento e diferenciação do novo tecido ósseo.
Devido à sua semelhança com a composição do osso, os fosfatos cálcicos sintéticos são os mais utilizados em implantes ortopédicos e odontoestomatológicos. Estes materiais podem-se obter mediante reações químicas que utilizam reativos tóxicos e calcinações a temperaturas muito elevadas, próximas a 1500 graus centígrados.
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