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Agrotec

Primeiras contas das seguradoras contabilizam 23 milhões de euros pelos estragos do temporal

O temporal da semana passada provocou 12.500 sinistros, com custos superiores a 23 milhões de euros, segundo a Associação Portuguesa de Seguradoras (APS), com base nas situações ocorridas nos dias 18 e 19 e participados até 25.

Em conferência de imprensa, o diretor adjunto da APS, Miguel Guimarães,  notou que o número de sinistros e os custos podem aumentar, por se esperarem mais participações e o resultado das avaliações a decorrer.

O valor de 23,3 milhões de euros revelados inclui as “indemnizações  já pagas e provisões constituídas pelas seguradoras”, disse. O presidente da APS, Pedro Seixas Vale, estimou que os custos totais possa ascender entre  “25 a 27 milhões de euros”.

O maior número de seguros respeita ao ramo “incêndio e outros danos, ao abrigo dos quais foram participados perto de 12 mil sinistros, com custos globais de mais de 22 milhões de euros”, segundo a informação divulgada  pela APL.

A nível de seguros multirrisco de habitação houve registo de mais de  9.700 sinistros, com custos na ordem dos 13 milhões de euros.

Quanto a seguros a nível de comércio e indústria “foram abertos mais  de dois mil sinistros, com custos da ordem dos nove milhões de euros”.

“A região Centro é onde se concentra a maior fatia” com a sinistralidade, com uma fatura acima dos 14 milhões de euros.

Na região Norte, os custos ascendem a quatro milhões e meio de euros e em Lisboa rondam os três milhões de euros.

O presidente da APS garantiu que as seguradoras não têm dificuldade  em pagar os sinistros, uma vez que “mutualizam riscos”.

“Devolvemos à sociedade o que recebemos das pessoas”, afirmou Pedro  Seixas Vale, lembrando que anualmente a globalidade dos sinistros pagos ascende a oito mil milhões de euros.

Aos jornalistas, o responsável precisou que os danos a nível das explorações agrícolas localizaram-se sobretudo nas estruturas e estão incluídos nos multirriscos, uma vez que nesta altura do ano ainda não há colheitas.

“O seguro das estruturas agrícolas (estufas) é barato. Para uma estrutura de 200 mil euros, o seguro é de 200 a 240 euros”, referiu.

Os maiores custos na região do Centro, segundo a APS justificam-se por maiores danos e por mais pessoas seguradas.

O presidente da associação acrescentou ainda que “80 a 90%” dos sinistros decorrentes do temporal é paga em cerca de 30 dias.

Retirado daqui.