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Agrotec

Ministério da Agricultura assinala Ano Internacional da Sanidade Vegetal

O Ministério da Agricultura assinalou hoje a abertura do Ano Internacional da Sanidade Vegetal – 2020, em Lisboa. Uma sessão organizada em colaboração com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e que também fica marcada pelo encerramento do Centenário da DGAV. O evento contou com as presenças da ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque, e do Secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Nuno Russo.

Ministra da Agricultura

Recorde-se que 2020 será o Ano Internacional da Fitossanidade (Sanidade Vegetal). A data foi decidida a 20 de dezembro pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), uma iniciativa conjunta da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Secretariado do International Plant Protection Convention (IPPC). 

Durante a sessão de encerramento, a Ministra da Agricultura lembrou que a FAO estima que até 40% das culturas alimentares sejam perdidas anualmente devido a pragas e a doenças que afetam plantas: “«um número que nos faz pensar e que, hoje, nos traz aqui. Um número que nos permite perceber que há muito trabalho pela frente. Trabalho, esse, que não cabe num ano, bem sabemos. Trabalho, esse, que há muito é desenvolvido e que, estou certa, ganhará mais eco neste que será o Ano Internacional da Sanidade Vegetal».

Maria do Céu Albuquerque apelou «para o carácter universal desta luta que é de todas e de todos. E, em 2020, Ano Internacional da Sanidade Vegetal, proclamado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, Portugal volta a dizer “presente”, tal como em 1881, quando esteve na génese do primeiro acordo internacional que estabeleceu normas para evitar a dispersão da filoxera, que dizimava as vinhas nacionais e europeias».

Segundo o membro do Governo «temos de estar conscientes de que, tal como acontece com a saúde humana ou animal, a prevenção também é o melhor remédio no que à proteção das plantas diz respeito. E sensibilizar para os efeitos devastadores que as emergências fitossanitárias têm na agricultura, na floresta e também nos ecossistemas naturais faz parte deste caminho, pois só assim será possível materializarmos a dimensão de algo que, sim, traz consequências para todas e para todos».

«Nesta senda, o Pacto Ecológico Europeu e a estratégia “Farm to Fork” vão determinar as linhas da Política Agrícola Comum pós 2020 e do futuro do setor. Um setor que, já hoje, procura adaptar-se em prol de uma resposta aos desafios que marcam a atualidade e que derivam, designadamente, das alterações climáticas. Um setor que, sendo tão ligado à natureza, é um dos mais expostos aos efeitos que, nos dias que correm, já não podemos negar. Um setor que, estando na base do sistema de alimentação, tem de manter um foco constante nas garantias de segurança e qualidade do que produz», afirmou a Ministra da Agricultura.

Maria do Céu Albuquerque lembrou que Portugal assumirá a presidência do Conselho da União Europeia (UE) no 1.º semestre de 2021: «este será um período crucial e em que temos o dever de mobilizar esforços na construção de soluções também no que toca a este desafio do qual depende o equilíbrio do sistema alimentar. Num mercado cada vez mais global, são muitas as oportunidades, mas também são grandes os desafios que se colocam aos nossos agricultores e, consequentemente, a esta área governativa e aos serviços que tutela. É por isso essencial dispormos de formas cada vez mais eficazes de proteção fitossanitária, que não comprometam os objetivos que devemos prosseguir na salvaguarda do Ambiente e da saúde do ser humano, dos animais e das plantas. E, num tempo em que a inovação é uma ferramenta ao nosso dispor, apostemos nela, assim como na aliança à investigação, na construção de conhecimento aplicável e na capacitação daqueles que intervêm no setor».

Neste sentido, o Ministério da Agricultura está já a trabalhar na Agenda de Inovação. A Ministra com a pasta da agricultura lembrou que «neste momento, estamos a correr o país para ouvir todos os intervenientes: agricultores, parceiros, empresários… Queremos que esta agenda reflita os anseios e corresponda às expectativas de quem trabalha neste e por este setor. Queremos que todas e todos se identifiquem com o que será um compromisso em prol da afirmação do setor da Agricultura. Queremos que esta Agenda da Inovação seja também uma parte evidente nesta luta que hoje aqui assinalamos: a luta pela sanidade vegetal, da qual o nosso setor também depende».