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Agrotec

Let's Talk About Pork promove dia aberto

A Herdade do Pessegueiro, em Salvaterra de Magos, abriu as portas para receber políticos, jornalistas, dirigentes da administração pública e representantes do movimento associativo para mostrar in loco o modelo de produção europeu de carne de porco, evidenciando que os padrões de qualidade e segurança alimentar na União Europeia são os mais elevados do mundo e os mais exigentes no que respeita ao bem-estar animal, biossegurança e ambiente.

A Herdade do Pessegueiro é uma exploração da empresa Valorgado, integrada no agrupamento de produtores Aligrupo. É uma exploração com 1.000 porcas em ciclo fechado implantada numa propriedade de 380 hectares onde também são criados 600 bovinos em regime de pastoreio, satisfazendo assim as necessidades de consumo de cerca de 60.000 portugueses.

As práticas promotoras da bioeconomia circular são um imperativo nesta exploração onde os efluentes suinícolas são utilizados na valorização agrícola dos solos, promovendo a produtividade dos mesmos, a capacidade de retenção de água e a sua estrutura, produzindo alimento de qualidade para os animais em pastoreio.

Esta exploração é auto-produtora elétrica recorrendo às tecnologias das energias alternativas e reutiliza as águas pluviais através de coletores instalados na cobertura dos edifícios e charcas que servem de reservatório, evitando-se assim captações subterrâneas.

A exploração implementa as mais rigorosas medidas de biossegurança, desde externas como as vedações que impedem a entrada de animais, os cais de carga e descarga que impedem a aproximação de veículos, os balneários de passagem obrigatória onde trabalhadores e visitantes têm de tomar duche e utilizar roupa da exploração, às medidas internas como os protocolos de utilização de equipamentos e os procedimentos de limpeza e desinfeção da exploração.

A condição corporal das porcas gestantes, o conforto térmico dos animais, a promoção da interação social através de materiais de investigação e a alimentação são aspetos fundamentais para o bom maneio geral na exploração, sendo cada vez mais indispensável o recurso a tecnologia de precisão.

A sanidade dos animais resulta do conjunto de elevados padrões de bem-estar animal e biossegurança, formação avançada dos profissionais, investigação contínua sobre as melhores práticas na produção animal e estabelecimento de protocolos veterinários de prevenção de doenças baseados no conceito Uma Só Saúde.

Com estes princípios, todo o processo de produção da carne de porco, desde o momento em que os animais nascem nas explorações, até o produto chegar à mesa, é totalmente planeado e monitorizado, garantindo a rastreabilidade e a segurança alimentar dos produtos.

O dia aberto teve como objetivo mostrar o dia-a-dia de uma exploração suinícola, evidenciando as características do modelo de produção europeu.

Vítor Menino, proprietário da Herdade do Pessegueiro e promotor da campanha "Let’s Talk About Pork" refere que “a suinicultura portuguesa é um setor transparente e coerente. Transmitimos o que fazemos: de dentro para fora, para que a sociedade saiba como trabalhamos nas nossas explorações, no transporte, na indústria e na distribuição. A realização deste dia, tem precisamente este objetivo, reforçar o esclarecimento sobre o modelo de produção europeu, que tem como base exigentes rigorosos critérios que acompanham as diferentes fases de produção”.

Para além de produzir e alimentar, a atividade suinícola desempenha um papel importante na economia em meio rural, gerando emprego de diversos níveis de qualificação, produzindo no agregado da fileira um valor de negócios anual superior a 2.000 milhões de euros, exportando mais de 170 milhões de euros para 46 países, combatendo a desertificação do território e diminuindo o risco de incêndios florestais.

No evento também marcou presença o Presidente da Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores, David Neves, que reforçou que “o bem-estar animal, a biossegurança, a rastreabilidade, a sustentabilidade e a economia circular são práticas correntes no dia-a-dia das explorações suinícolas portuguesas. Não são instrumentos de marketing, são o nosso compromisso social com os consumidores.”