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Agrotec

Investigadora do Politécnico de Coimbra recebe prémio da FERTIBERIA

Verónica Oliveira, investigadora do Instituto de Investigação Aplicada (i2A) e do Centro de Estudos em Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade (CERNAS) - Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), sediados no Politécnico de Coimbra (IPC), foi distinguida com o prémio accésit (mérito) no concurso promovido pela FERTIBERIA “XIV Premio Fertiberia a la Mejor Tesis Doctoral en Temas Agrícolas”.

O prémio foi atribuído pela sua tese de doutoramento com o título “Recuperação de Fósforo de Digestato de Resíduos Urbanos com Vista à sua Valorização como Fertilizante”, coorientada por Célia Ferreira, investigadora do CERNAS – ESAC – IPC, Carmo Horta, investigador do CERNAS – Escola Superior Agrária de Castelo Branco – Instituto Politécnico de Castelo Branco e João Labrincha, da Universidade de Aveiro.

A cerimónia de entrega do prémio irá realizar-se no próximo dia 31 de janeiro, nas instalações do Grupo Fertiberia, em Madrid, contando com a presença da Secretária-Geral para a Investigação do Ministério da Ciência e Inovação, de Espanha, Raquel Yotti Álvarez.

Sinopse da tese

O fósforo (P) é um nutriente vital para o desenvolvimento das plantas e a produção de alimentos. É um dos principais constituintes dos fertilizantes obtidos principalmente a partir da rocha fosfatada, que é um recurso não renovável. Isto suscita uma questão fundamental sobre como garantir um fornecimento contínuo de P para a produção de fertilizantes fosfatados necessários para produzir alimentos para a humanidade. Portanto, é de extrema importância promover a circularidade do P por meio da sua reciclagem e da recuperação a partir de fluxos de resíduos. O principal resultado desta tese é a prova de conceito de um processo inovador que combina a técnica electrodialítica com uma membrana permeável a gases para a reciclagem de P a partir do digestato (matéria que passou por processo de digestão anaeróbica) de resíduos urbanos. O fertilizante de base biológica – a estruvite – livre de contaminantes, produzido à escala de laboratório, amplia as possibilidades de reciclagem do P em larga escala e da implementação de estratégias eficientes para fechar o ciclo do nutriente P, contribuindo assim para uma gestão mais sustentável dos recursos.