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Agrotec

Impacto dos radiação UV-A no crescimento de nove cultivares de catharathus roseus em fábricas de plantas

Texto por: Marisa S.C. Lourenço1, 2 Ep Heuvelink2, Victor Freitas3, Susana M.P. Carvalho1 *

1 GreenUPorto – Centro de Investigação em Produção Agroalimentar Sustentável/ Inov4Agro, DGAOT, Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Campus de Vairão

2 Wageningen University, Horticulture and Product Physiology group, Department of Plant Sciences, Wageningen, The Netherlands

3 REQUIMTE – Faculdade de Ciências, Universidade do Porto, Campo Alegre * email: susana.carvalho@fc.up.pt

RESUMO

Os Sistemas de Produção Vertical (SPV), também conhecidos como fábricas de plantas, têm vindo a crescer exponencialmente nos últimos anos um pouco por todo o mundo. Atendendo ao investimento envolvido é importante apostar na produção de espécies de elevado valor acrescentado. Catharanthus roseus é reconhecida pela sua capacidade de produzir alcaloides anticancerígenos relevantes para a indústria farmacêutica.

Estudos anteriores mostram que a radiação UV-A potencia a produção de alcaloides nesta espécie, contudo é desconhecido o seu impacto no crescimento e na resposta de diferentes cultivares. Neste estudo, nove cultivares foram produzidas em ambiente controlado utilizando dois tratamentos de luz: (i) Controlo (sem UV-A) e (ii) 2h UV-A (após o término do fotoperíodo). UV-A não influenciou a biomassa final nem a capacidade fotossintética das cultivares estudadas. Contudo, verificou-se a existência de uma grande variabilidade entre cultivares, sendo que as mais produtivas estarão mais adaptadas a SPV (ex: ‘Cora Red’ e ‘XDR-Polka-Dot’).

ENQUADRAMENTO AOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO VERTICAL

Com o aumento acentuado da população mundial e da concentração de uma elevada percentagem da mesma em cidades, novos sistemas de produção agrícola têm vindo a surgir no sentido de maximizar a produção por unidade de área. Os sistemas de produção vertical (SPV, muitas vezes também referidos como “Fábricas de Plantas” ou “Horticultura Vertical”) recorrem à produção de culturas no interior de edifícios, com sistemas multi- -prateleira, com um controle preciso das condições de crescimento das plantas (incluindo luz, temperatura, humidade relativa e concentração de CO2 ) levando a produções muito altas por metro quadrado (Kalantari et al., 2018; SharathKumar et al., 2020). 

Considera-se que esses novos sistemas de produção promovem práticas agrícolas sustentáveis pois há uma recirculação da solução nutritiva e não são utilizados produtos fitofarmacêuticos. Paralelamente, pela sua proximidade do local de consumo, apresentam uma baixa pegada de carbono. Como principais estrangulamentos salienta-se o elevado investimento inicial assim como o custo energético (SharathKumar et al., 2020). Para além de utilizar SPV para a produção de diversas hortícolas (ex: alface, microverdes, entre outros), as plantas medicinais e aromáticas (PAM) dossier PUB são vistas como culturas muito interessantes e promissoras para esses sistemas devido ao seu elevado valor acrescentado, reduzida altura das plantas e curto ciclo de produção.

Continue a ler este artigo publicado na edição n.º 44 da Revista AGROTEC, no âmbito do Dossier "Práticas Agrícolas Sustentáveis".

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