Estudo confirma que Olival é cultura com baixas exigências hídricas e adaptada ao Alqueva
A Olivum congratula-se com as conclusões do mais recente estudo da EDIA que vão ao encontro dos argumentos que a Associação de Olivicultores e Lagares do Sul tem apresentado na defesa do olival como uma cultura sustentável e eficiente na gestão de recursos naturais.
Depois de um estudo científico de dois anos, a EDIA, Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva, revela que o olival está perfeitamente adaptado à região do Alqueva e sublinha tratar-se de uma cultura com baixas exigências hídricas.
Realizado a pedido do Governo e publicado no passado dia 12 de março, o estudo mostra que o olival moderno, aliado a boas práticas culturais, tais como o enrelvamento nas entrelinhas, tem melhorado a estrutura e aumentado a quantidade de matéria orgânica no solo. A evidência científica demonstra que o olival em copa e em sebe não promove mais pressões ambientais do que outras culturas regadas com expressão determinante no Alentejo. Pelo contrário: os indicadores apontam o olival moderno como uma das culturas menos potenciadoras de impactos negativos no solo.
«Estas conclusões são de extrema importância para um sector que tem trabalhado muito no sentido de combater mitos sobre a sustentabilidade do olival. Satisfaz-nos saber que o trabalho de desmitificação desenvolvido por todos os envolvidos na olivicultura, da produção de azeitona à comercialização do azeite, é agora oficialmente reconhecido através de um estudo científico munido de sólida fundamentação», afirma Gonçalo Almeida Simões, diretor executivo da Olivum.
A EDIA indica ainda que o olival tem permitido uma rentabilização dos investimentos públicos no Alqueva, ao proporcionar uma rápida e grande adesão dos agricultores ao regadio, ao apresentar esta como uma cultura que gera uma considerável mais-valia económica, social e laboral.
«O setor do olival impacta mais de 32 mil pessoas e, sendo um dos incontestáveis protagonistas do sector agroalimentar, continuou sempre ativo desde o início da pandemia, sem recorrer a lay-off ou a despedimentos. Este estudo, encomendado pelo Governo e com a prestigiante chancela da EDIA, vem de forma irrefutável dar resposta a muitas questões tantas vezes postas em causa», refere Gonçalo Almeida Simões.
Segundo a EDIA, o olival português aumentou drasticamente a sua produtividade na última década, o que possibilitou um superavit de exportações de 250 milhões de euros. Portugal passou de uma situação de crónico importador de azeite para exportador, tendo este contributo sido alavancado nos investimentos e produção verificados no Perímetro de Rega de Alqueva.