Espanha aumenta produção de pistácio para abastecer Europa
Espanha, fundamentalmente a região de Castilla La Mancha, aumentou no último ano a superfície de pistácio (também conhecido como pistache) em 1.500 hectares, chegando agora aos 10.000, e fê-lo aumentando a sua produção em 25%.
Este impressionante ritmo de crescimento num cultivo ainda incipiente não impediu que os preços ao produtor, pela 6ª campanha consecutiva, tenham subido, consolidando-se num patamar entre os 4,5 e os 8,8 €/kg de produto seco e descascado, um dos mais rentáveis do mercado hortofrutícola. O Irão e os EUA - os primeiros produtores do mundo - estão a centrar as suas políticas comerciais nos mercados asiáticos, menos exigentes relativamente à qualidade do que a UE, e os estudos que consolidam as qualidades cardiovasculares deste fruto estão a fazer dispara o seu consumo anualmente.
"Não há perspetivas de colapsar o mercado e uma boa gestão de cultivares e espécies está a permitir superar os problemas de podridão das terras. De facto, seria necessário plantar mais de 120.000 hectares de pistácio apenas para cobrir a procura atual da UE-28, o nosso primeiro consumidor". Este é o panorama descrito pelo diretor do Centro de Investigação Agroambiental "El Chaparrillo", de Castilla La Mancha, Esaú Martínez Burgos, no decorrer de umas Jornadas de Inovação e Impacto Económico das Variedades Vegetais em Madrid.