Emirados Árabes Unidos investem 174 milhões de euros em centros tecnológicos agrários em Angola
Os Emirados Árabes Unidos vão investir 174 milhões de euros em 18 centros tecnológicos agrários em Angola, indicou o Instituto de Desenvolvimento Agrário angolano.
Segundo o diretor do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), David Tunga, a decisão consta de um memorando de entendimento assinado em Luanda, entre a instituição tutelada pelo Ministério da Agricultura e Florestas angolano, e o diretor de gabinete do Governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU,) xeque Ahmed Dalmjook Al Maktoum.
O investimento, a ser executado em cerca de cinco a sete anos nas 18 províncias angolanas, visa capacitar quadros do setor da Agricultura e Florestas e em técnicas de produção, processamento e comercialização dos bens agrícolas.
Numa primeira fase, sublinhou David Tunga, será implementado nas províncias do Bié, Huambo, Luanda e Bengo, avançando posteriormente para as restantes. Todos os centros tecnológicos vão ter laboratórios para análises aos solos das diferentes províncias, a fim de aferir a necessidade ou não de nutrientes, uma vez que vai existir uma estrutura de processamento de mistura de fertilizantes para satisfazer cada região.
Segundo David Tunga, cada província terá um centro principal e, em função disso, surgirão centros pequenos, a nível municipal. Na primeira fase da implementação do projeto, acrescentou, a gestão ficará sob responsabilidade dos investidores, «de forma a recuperar o investimento feito», disse.
Depois da consolidação, prosseguiu David Tunga, o projeto será entregue ao Governo de Angola para gestão autónoma. David Tunga explicou que, com o projeto, se pretende alcançar o máximo de famílias em cada província, com base no número de camponeses nelas existentes.
Por sua vez, Ahmed Dalmjook Al Maktoum disse que quer avançar com os projectos «rapidamente», de forma a aumentar a produção e dar apoio ao setor agrícola de Angola.
«Congratulamo-nos com o Governo de Angola e perspetivamos outras oportunidades de investimentos internacionais, uma vez que há maior credibilização no mercado angolano», manifestou o governante dos EAU.
Fonte: Diário de Notícias, Lusa