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Agrotec

Contributo para o estudo de indicadores reprodutivos de caprinos da raça Bravia no concelho de Terras de Bouro no modo de produção biológico e convencional

A caprinicultura no concelho de Terras de Bouro assume-se como uma atividade pecuária económica, ambiental e social relevante. No ano de 2004, foi implementado um projeto para a conversão de explorações em Modo de Produção Convencional (MPC) para o Modo de Produção Biológico (MPB).

Bravia

A Bravia é uma raça autóctone portuguesa vocacionada exclusivamente para a produção de carne, sendo os seus efetivos alimentados significativamente com recurso a vegetação espontânea, disponível em áreas de baldios.

Na maioria dos rebanhos da raça Bravia, os machos acompanham sempre as fêmeas, com sazonalidade dos partos. Consistiu o objetivo deste trabalho na avaliação de indicadores reprodutivos (idade ao primeiro parto, intervalo entre partos, distribuição de partos e estrutura etária) de caprinos de raça Bravia, em explorações em MPC e o MPB no concelho de Terras de Bouro.

Foram recolhidos, editados e analisados dados entre os anos de 2012 e 2015, referentes a seis explorações, três em MPC e três em MPB, disponibilizados pela Associação Nacional de Criadores da Cabra Bravia (ANCABRA). Na análise estatística utilizou-se o programa Microsoft Excel e o SPSS, para avaliar o efeito do modo de produção nos indicadores reprodutivos.

A idade ao primeiro parto (IPP) foi de 27,34±4,90 meses nas explorações em MPC e de 24,90±4,83 meses em MPB com diferenças significativas entre modos (P <0,001) e elevados coeficientes de variação nos dois modos, traduzido em diferenças (P <0,001) entre as explorações individuais no MPC e MPB. A duração do intervalo entre partos (IEP) foi de 342,03±97,34 dias (MPC) e de 376,17±71,54 dias (MPB) com diferenças entre modos (P <0,001).

Verificou-se diferenças (P <0,001) no IEP entre explorações individuais no MPC e MPB. As ocorrências de partos é superior entre novembro e março nas explorações em MPC e MPB, com maior variabilidade na distribuição no MPB.

Relativamente à estrutura etária, predominam as fêmeas no escalão dos 4 aos 6 anos, e nos machos entre os 1 e 6 anos nas explorações em MPC. Nas explorações em MPB predominam as fêmeas no escalão entre os 1 e 3 anos, e nos machos entre 1 e 6 anos.

Consulte a dissertação completa aqui.

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