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Agrotec

Citrinos: cães treinados para combater doença mais letal do mundo

Os produtores de citrinos dos EUA esperam que o olfato de cães treinados contribua para combater uma das maiores ameaças globais aos cultivos de citrinos, a doença HLB, também conhecida por Greening dos citrinos.

O governo americano treinou 10 cães para a deteção de uma bactéria que mata árvores de citrinos desde há 10 anos na Flórida, a maior Região produtora do país.
De forma similiar às equipas caninas que deteam bombas ou drogas, estes cães procuram o HLB, doença que ainda não tem cura, mas os produtores esperam que os animais lhes consigam detetar a presença mais eficientemente, reduzindo o impacot através de uma desaceleração do contágio.

Prevê-se que a colheita de laranjas da Flórida chegará nesta campanha ao pior nível em 52 anos, 71% menos da campanha de 2004, devido a expansão desta bactéria.
O setor Norte-Americano dos cítricos teve prejuízos estimandos em 7.800 milhões de dólares e 7.500 postos de trabalho desde 2006. Os cães, cujo narir tem 50 vezes mais recetores olfativos do que o humano, percebem as substâncias químicas que emitem as árvores quando estão infetadas, com um grau de acerto de 99,7% - melhor do que as análises de laboratório – para além de detetar as árvores doentes antes da aparição dos sintomas.

Neste momento, sem duvida são a melhor ferramenta de deteção antecipada que temos”, afirmou Yindra Dixon, especialista em assuntos públicos do Serviço de Inspeção de Saúde Vegetal e Animal, uma divisão do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Ainda que os investigadores não tenham conseguido encontrar uma cura para a doença, também conhecida pelo seu nome científico, Huanglongbing, conseguiram desenvolver formas de desacelerar a sua propagação. Uma técnica exige que os produtores envolvam as árvores em vapor, com o objetivo de reaquecer a bactéria sem matar a planta.

Alguns aplicam os nutrientes diretamente sobre as folhas, para que as árvores continuem a produzir, apesar de se encontrarem doentes. Outros usam mais pesticidas para matar os psílidos, mas estes vão desenvolvendo resistência a alguns químicos e usar uma quantidade excessiva pode queimar a fruta. A penicilina suprime a bactéria, mas os receios com a resistência aos antibióticos limitaram o seu uso.