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Agrotec

Candidaturas ao PRODER no interior do Algarve ultrapassam em oito ME a verba prevista

A Associação In Loco anunciou que os 10 milhões de euros previstos para o interior do Algarve Central pelo subprograma para zonas rurais do PRODER não chegam para cobrir os 18 milhões necessários para todas as candidaturas.

A In Loco, entidade responsável pela gestão do subprograma de dinamização de zonas rurais do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER) no interior do Algarve Central, informou, em comunicado, que o prazo de candidaturas ao PRODER terminou na sexta-feira tendo sido recebidas mais de 140 candidaturas que perfazem 18 milhões de euros, muito acima da verba prevista.

«Esse valor é o total dos pedidos que recebemos. Tem havido uma procura grande nos últimos meses, que ultrapassa em oito milhões a dotação para este período», disse à agência Lusa o presidente da In Loco, Nélson Dias, ressalvando que os projectos que fiquem de fora do apoio vão ser sinalizados para o próximo quadro comunitário, de 2014-2020.

A associação assinala que, feita uma análise às candidaturas recebidas, «uma parte desses pedidos de apoio não reunia as condições de sustentabilidade exigidas», enquanto outra foi prejudicada pelo «agravamento da situação económica da região, o que colocou maiores dificuldades à execução dos investimentos previstos».

Ainda assim, após a análise, a In Loco estima que o montante excedente da verba programada deva situar-se nos três milhões de euros. «Não podemos deixar de apoiar os investidores interessados em criar emprego e riqueza nesta região, razão pela qual a In Loco dará início a curto prazo ao alargamento e consolidação da parceria que integra o Grupo de Acção Local, com vista à preparação da estratégia de desenvolvimento para o interior do Algarve Central para o próximo período de financiamento», sublinhou a associação.

De acordo com as previsões daquela entidade, até ao final do próximo ano, prazo máximo para execução dos investimentos, vão ser criados mais 300 postos de trabalho na região em áreas tão distintas como alojamento, transformação de produtos locais e valorização do património.

«São dados animadores para uma região que apresenta das mais graves situações de crise de investimento e de desemprego no país. Os últimos meses têm, aliás, sido marcados por uma forte procura de investidores privados, interessados em desenvolver actividades económicas neste território, contrariando fortemente a tendência dos últimos três anos», acrescenta a associação sediada em São Brás de Alportel.

Fonte: Lusa (via Confagri)