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Agrotec

Álvaro Amaro defende que «não há estratégias sem os agricultores»

A Comissão da Agricultura do Parlamento Europeu recebeu a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, no âmbito da apresentação das prioridades da Presidência portuguesa do Conselho para o setor agrícola. À afirmação da ministra de querer concluir a reforma da PAC até abril, o social democrata Álvaro Amaro afirmou que «foi com gosto» que ouviu essa ambição, «ao contrário do primeiro-ministro, que na apresentação das prioridades portuguesas não proferiu uma vez a palavra agricultura».

Agricultura

O eurodeputado membro da Comissão da Agricultura centrou a sua intervenção na reforma na PAC e na discussão das propostas informais da Comissão Europeia sobre o Pacto Ecológico e as estratégias «do Prado ao Prato», e da Biodiversidade 2030.

Sobre estas ambições, debatidas sem qualquer parecer do Parlamento Europeu e do Conselho, Álvaro Amaro recordou à Ministra que «não há estratégias sem eficiência produtiva e um abastecimento alimentar seguro, que a pandemia veio revelar, e sem uma compensação devida aos agricultores. Não há estratégias sem os agricultores».

O eurodeputado questionou ainda a ministra se o Governo está a considerar que parcelas que tenham até 50% de mato possam, no futuro, vir a ser elegíveis para apoios da PAC.

Para Álvaro Amaro esta possibilidade é irresponsável, tendo em conta o risco de fogos que existe em Portugal. «É correto andar o Governo a obrigar as pessoas a limpar as matas e depois, às que não o fazem, possibilitar que beneficiem de subsídios? Além de perigoso, é uma incoerência e uma injustiça», sublinhou o eurodeputado do PSD.

Finalmente, Álvaro Amaro perguntou a razão pela qual a ministra admitiu cortes no POSEI, a partir de 2022, se o assunto ainda não havia sido debatido nas negociações da PAC. «Não podemos aceitar isto», garantiu o eurodeputado. Na resposta, a ministra veio contrariar o que havia sido dito anteriormente, e defendeu que a manutenção do POSEI para além do período de transição é uma prioridade.

Portugal preside ao Conselho da UE durante o primeiro semestre de 2021 e tem como prioridade promover uma recuperação económica da UE mais justa, verde e digital.