Agrofloresta para todos: PRETATERRA Academy forma novos profissionais
A sustentabilidade está a abrir oportunidades para os mais diversos profissionais no agronegócio, tanto para aqueles já envolvidos no setor quanto para os que estão em transição de carreira. Para trazer uma capacitação completa e de qualidade, a PRETATERRA, iniciativa que se dedica à disseminação de sistemas agroflorestais pelo mundo, desenvolveu o PRETATERRA Academy, um ecossistema de conhecimento focado na educação e na capacitação dos profissionais agroflorestais do futuro.
Foto: Facebook PRETATERRA
O projeto capacitará os profissionais de todas as áreas para o trabalho no sistema agroflorestal, tornando o agronegócio cada vez mais sustentável. A meta é ampliar ainda mais o impacto positivo que esses sistemas causam no meio ambiente e nos meios de subsistência das pessoas, desde a agricultura familiar em pequenas propriedades, até as fazendas de grandes produtores do agronegócio.
Valter Ziantoni, engenheiro florestal com especialização em Gerenciamento pela FGV, especialista florestal da UNDP/ONU, mestre em Agrofloresta pela Bangor University e fundador da PRETATERRA, explica que os workshops sempre foram uma grande prioridade para a PRETATERRA.
“A educação é a resposta para tornar realidade nosso sonho de levar agroflorestal para todos e em todas as partes. Por isso, a capacitação de pessoas sempre esteve no centro de nossas ações e o Academy vem ao encontro dessa demanda”, cita Ziantoni. "Vamos capacitar pessoas e promover sua autonomia intelectual e profissional através do conhecimento sistêmico e da inteligência regenerativa. É uma honra poder estimular os indivíduos a encontrarem sua verdadeira vocação e formar os profissionais necessários para criar uma nova agricultura, resiliente e regenerativa”, relata.
Segundo ele, a jornada online de formação técnica é progressiva e composta por quatro estágios polivalentes: PIONEER, INTERMEDIATE, CLIMAX e PROPAGATION; sendo cada fase, pré-requisito para a próxima.
A cada estágio concluído, o aluno recebe um certificado e um badge, sistema mais moderno de certificação profissional por medalhas digitais, reconhecido internacionalmente. Após completar os quatro estágios, ele se formará técnico multiplicador agroflorestal, certificado pela PRETATERRA em vasta amplitude, do campo à academia, estando capacitado, ainda, a ‘pilotar’ os mais modernos softwares existentes para o planejamento de designs agroflorestais e a modelar sistemas com o mais robusto planejamento técnico-econômico.
A inovação do agronegócio sustentável
O Brasil é o país com maior potencial no mundo para exercer um papel ativo e ser protagonista na mitigação das mudanças climáticas. Esse caminho passa obrigatoriamente pela revisão dos modos de produção do alimento.
A agrofloresta combina soluções ancestrais com conhecimento atual, gerando resiliência social, ambiental e econômica. Protege e recupera o solo e as nascentes, aumenta a biodiversidade e a conectividade na paisagem, produz alimentos altamente nutritivos, sequestra carbono da atmosfera, gera inúmeros serviços ambientais e colabora para a soberania alimentar. Se a agrofloresta é uma solução tão boa, porque é que não ganha escala e não se torna a norma para a agricultura brasileira e mundial?
Na realidade, faltam profissionais capacitados para pensar, criar, implantar, manejar e replicar sistemas produtivos biodiversos. Mas qualquer pessoa pode atuar no sistema?
A resposta é muito objetiva: sim. O sistema agroflorestal pode, e deve, ser adaptado às mais diversas categorias do agronegócio. De acordo com Paula Costa, engenheira florestal com especialização em Gerenciamento Ambiental pela ESALQ – USP, Bióloga pela UNESP e fundadora da PRETATERRA, os profissionais rurais estarão cada vez mais inseridos em um mundo globalizado e preocupados com os recursos naturais e com as pessoas, numa agricultura pujante e tecnológica.
“Para continuar acontecendo, o desenvolvimento rural precisa de trabalhadores que saibam, além de melhorar a produtividade, lidar com a biodiversidade, o mercado de carbono, os serviços ambientais e o desenvolvimento socioambiental. Entender e contabilizar as externalidades, ou seja, os efeitos sociais, econômicos e ambientais indiretamente causados pela prática agrícola, também são essenciais para a sustentabilidade e resiliência da agricultura do futuro”, afirma Paula.
Paula explica ainda que há um espaço crescente para a gestão da propriedade rural como um negócio regenerativo lucrativo, por meio do empreendedorismo. “As oportunidades vão desde o gerenciamento dos recursos naturais, o mercado de carbono e de serviços ecossistêmicos, até o aperfeiçoamento do processamento pós-colheita, que agrega valor à produção. Sem falar no turismo rural, que vem crescendo muito nos últimos anos, especialmente devido à pandemia do COVID-19. Temos um potencial enorme que precisa ser desenvolvido e que necessita de profissionais altamente preparados”, complementa.
Plataforma exclusiva e créditos de CO2
Todos os alunos da PRETATERRA Academy terão acesso a uma plataforma exclusiva logo após o primeiro módulo PIONEER. Será um local para conexão profissional, novidades do setor e a partir de onde ele terá acesso à sua carteira de carbono e outros recursos.
Ao concluir cada curso, o estudante receberá o equivalente a compensação de 7 dias das suas emissões de CO2 em créditos validados no mercado, intercambiáveis e comercializáveis, que vão direto para sua carteira pessoal. Com isso, inicia-se uma jornada no mundo dos investimentos regenerativos, com uma poupança em créditos de carbono certificados pela VERRA e válidos internacionalmente.
Para se inscrever nos cursos da PRETATERRA ACADEMY aceda aqui.
Sobre a PRETATERRA
Iniciativa que se dedica à disseminação de sistemas agroflorestais regenerativos, desenvolvendo designs replicáveis e elásticos, combinando dados científicos, informações empíricas e conhecimentos tradicionais com inovações tecnológicas, construindo um novo paradigma produtivo que seja sustentável, resiliente e duradouro.
Na vanguarda da Agrofloresta, a PRETATERRA projetou, implementou e modelou economicamente o design agroflorestal que ganhou, em 2019, o primeiro lugar em Sustentabilidade do Prêmio Novo Agro, do Banco Santander e da ESALQ, com o case “Café dos Contos”, em Monte Sião (MG). Em 2018, a PRETATERRA ganhou o primeiro lugar em negócios inovadores no concurso de startups no Hackatown e, em 2020, a PRETATERRA esteve entre os finalistas do Prêmio Latinoamerica Verde, de startups e projetos inovadores em sustentabilidade da América Latina. A convite do Principe Charles e do Instituto Florestal Europeu, em 2021 a PRETATERRA passa a liderar a frente agroflorestal da Aliança da Bioeconomia Circular.
Fonte: Comunicado de imprensa PRETATERRA (BR)