FacebookRSS feed

Agrotec

ACOS: “Agricultura Con(s)ciência” é a resposta em tempos de crise

Em comunicado de imprensa, a Associação de Agricultores do Sul realça que, "apesar da agricultura não parar, em consequência da atual pandemia que está a afetar a saúde humana e a economia do país em geral e a da agricultura em particular, estão a sentir-se algumas ondas de choque com reflexos negativos no setor".

Agricultura

A entidade destaca que está a trabalhar "para dar resposta às necessidades dos seus associados, designadamente, na instrução e submissão das candidaturas ao Pedido Único, que estão neste momento a decorrer". À semelhança dos serviços de apoio técnico, como "procedimentos de segurança e articulação entre equipas", a loja dos produtos veterinários também está a funcionar, assim como os laboratórios e os serviços de comercialização de ovinos e de bovinos. Do mesmo modo, "estão em funcionamento os serviços de sanidade animal, tosquia e lãs e ainda o SIRCA, serviço de recolha de animais mortos na exploração, considerado de interesse público".

A ACOS relembra que estaria, neste momento, no "rescaldo da 37ª Ovibeja, não fosse a pandemia".

"Apesar de dificuldades impostas pelos efeitos da Covid-19, a agricultura não pode parar e a procura de soluções para a nova realidade também não", destaca a organização. "Os efeitos globais provocados pela Covid impõem novas abordagens. Os agricultores estão a trabalhar mas há produtos que não estão a ser escoados e os preços ao produtor estão a baixar. A economia das explorações está a ser afetada, sendo necessárias medidas de apoio imediato para evitar a falência das empresas e o aumento do desemprego".

Perante os problemas atuais, a ACOS afirma estar "consciente" que a “Agricultura Con(s)ciência”, o mote lançado este ano no âmbito da Ovibeja para reflexão e partilha de saber, "impõe-se agora mais do que nunca". Na sequência deste pensamento, além de manter os serviços a funcionar, com o devido resguardo e atenção sanitária, a ACOS tem em "preparação um conjunto de acções visando a partilha de conhecimento e a transferência de novas tecnologias para a produção, com recurso a várias ferramentas incluindo as tecnologias de informação e comunicação".

"A ciência impõe-se como resposta objetiva e de salvaguarda da qualidade. O reforço do trabalho conjunto, onde se inclui a articulação da produção e escoamento dos produtos, seja de origem animal, seja de origem vegetal, é outro dos indicadores que importa trabalhar. Por outro lado, com perturbações a curto ou médio prazo nos canais de comercialização, ganham maior expressão os circuitos de proximidade. O fator confiança aliado à qualidade, a preservação do ambiente, o desenvolvimento dos territórios rurais, a garantia da produção mínima que salvaguarde a soberania alimentar, a coesão territorial são alguns dos tópicos da nova realidade, que importa debater com seriedade", refletem.

A ACOS quer "fazer parte da solução na defesa dos interesses dos seus associados distribuídos por todo o sul do Tejo", destacando que "a voz de quem está no terreno é fundamental para o traçado de novas políticas que se impõem, tanto nacionais, como na nova PAC". O objetivo é estabelecer uma conexão com a ciência para dar respostas aos desafios atuais e futuros.