A valorização das pastagens e forragens
A Nutriprado promoveu uma nova conversa com uma personalidade do setor, o Engenheiro José Manuel Abreu, empresário agrícola e membro ativo da SPPF. O Engenheiro Vasco Abreu representou novamente a empresa.
José Manuel Abreu iniciou a sua intervenção por agradecer o convite, abordando, em seguida, o tema da sessão, que afirmou ser «um tema vasto» para analisar. «Desde muito cedo que percebi que não havia propriamente pastagens e forragens, mas que cada planta era um caso em particular, daí ter dedicado uma parte da minha vida a estudar cada uma», começou por explicar.
Sobre o valor nutritivo e o material vegetal das pastagens e forragens, José Manuel Abreu destacou que «no início do ciclo, no inverno, as ervas apresentam teores de proteína excessivos comparado com aquilo que os animais precisam».
À medida que vai evoluindo o ciclo, os teores secos e de proteína tendem a diminuir e os de fibra a aumentar. Ao longo do ciclo vegetativo das plantas, estas vão se tornando cada vez menos digestivas para o animal porque vão apresentando teores de fibra crescentes, concluindo que «as forragens do início do ciclo, normalmente, não satisfazem as necessidades dos animais devido ao excesso de água», o que pode se traduzir em problemas para os animais, o que se pode corrigir «melhorando e compensando os desiquílibrios naturais da erva». O investigador voltou a reforçar que os teores de fibra voltam a ser elevados no verão e explicou os diferentes tipos existentes.
«Não há, de facto, alimentos naturais completos», afirmou. «Todos os alimentos naturais, a prazo, acabam por manifestar desiquilibrios e a erva não é exceção», destacou, afirmando que os agricultores devem conhecer os potenciais desiquilibrios para os corrigir e daí tornarem mais económica a utilização da erva, pois «não podemos deixar que os fatores limitantes da erva condicionem o seu valor» pois, muitas vezes, estes podem ser «compensados com encargos muito pequenos para os agricultores».
José Manuel Abreu abordou ainda as diferenças de qualidade entre gramíneas e leguminosas forrageiras e a falta de informação das explorações agropecuárias sobre a proteína com que devem trabalhar. Seguiu-se um breve debate entre participantes e oradores.
A próxima reunião está agendada para dia 18 de junho, com a Engenheira Paula Cruz de Carvalho, da DGAV. Pode encontra a reunião com o Engenheiro José Manuel Abreu por completo na página do Facebook da Revista Agrotec, que transmitiu o evento em direto e irá novamente realizar essa transmissão no próximo dia 18.
A Nutriprado é uma empresa pioneira no apoio especializado para a instalação de prados. O seu objetivo passa por dar, na medida do possível, elementos de esclarecimento para que os agricultores possam escolher da melhor maneira as suas variedades.