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Agrotec

10º Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo: Retrato de uma década de fileira

No período de uma década, a cultura do mirtilo aumentou a sua área de plantação e cobertura geográfica, muito graças à diversidade das variedades de mirtilo e à evolução tecnológica dos produtores.

Texto e Fotos: Joana Valinhas

Um pouco por todo o território têm surgido pequenos projetos de produção de mirtilo, um fruto silvestre típico do norte da Europa, mas com menos tradição em Portugal. Na onda da alimentação saudável, a baga azul tem sido introduzida na dieta e está cada vez mais presente nas grandes superfícies de retalho. Nesta última década a cultura do mirtilo apresentou uma evolução extraordinária, provocada por uma dinâmica entre produtores, o tecido empresarial e investigadores, no sentido de aprofundar o interesse em produzir melhor e debater práticas de produção, comercialização e distribuição da fileira. Recorrendo às estatísticas, em 2010 a produção nacional era de 43 hectares, com produção de 530 toneladas. O setor ocupa agora uma área produtiva de 2 490 hectares com produção de mais de 15 mil toneladas em 2020, segundo os dados. Proporcionalmente o valor das exportações cresceu de 275 toneladas num valor de 1,6 milhões de euros, para 5 374 toneladas com valor superior a 31 milhões de euros.

Sob este panorama, nos dias 19 e 20 de novembro decorreu em Santo Tirso, a 10ª edição do Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo, organizada pela Associação Nacional de Produtores de Mirtilo – ANPMe pela empresa TBerries, com o apoio da Câmara Municipal de Santo Tirso e em parceria com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. e pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional – COTHN.

Desde a primeira edição que este evento se assume como um encontro de produtores para produtores, para apresentar novas ideias, trocar experiências, discutir problemas e desafios da fileira e melhorar a capacitação tecnológica das plantações.

Neste décimo encontro, o primeiro dia foi dedicado a um ciclo de palestras e debates, na presença de diversos expositores e produtores nacionais. O segundo dia iniciou no campo, com uma visita à exploração Bakundi em Vila Nova de Famalicão, onde decorreu uma demonstração técnica de poda em verde pelo engenheiro André Miranda, seguida de uma sessão de networking com comercializadores.

Sendo um evento pensado e preparado para produtores, o 10º Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo finalizou o primeiro dia com uma mesa de produtores numa sessão aberta a perguntas em que todos foram convidados a participar. Dez anos volvidos, a fileira do mirtilo está criada. A cultura do mirtilo está em crescimento no nosso país, com o surgimento de inovadoras soluções tecnológicas complementado pela evolução do conhecimento por parte dos produtores, o que leva a um maior grau de profissionalismo de todos os intervenientes da cadeia.

Para o futuro, muitos foram os aspetos que se levantaram nesta 10ª edição do Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo em Santo Tirso, mas é inegável o valor da fileira e suas potencialidades.

Nota de Redação

Artigo publicado na edição n.º 41 da Revista Agrotec.

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