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Viticultura europeia: O êxito de uma longa luta

logo_arev2“Esta é uma vitória para as pessoas da terra e dos terroirs contra os ideólogos” disseram Jean-Paul Bachy, Presidente da Assembleia das Regiões Europeias Vitícolas (AREV) e Aly Leonardy, o presidente do seu Colégio Profissional (CEPV), comentando o anúncio do acordo alcançado em 26 de Junho, no Luxemburgo, sobre o dossier OCM-Vinho da PAC.

Depois de anos de luta argumentativa, em linha com as organizações da fileira do vinho, os líderes da AREV congratulam-se calorosamente com o retorno ao princípio da regulação das plantações de vinha: a revolução ultra-liberal iniciada pelo ex-comissária dinamarquesa Mariann Fischer Boel através da abolição definitiva dos direitos de plantação prevista na OCM do Vinho 2008 não chegou a entrar em vigor. Certamente haverá “autorizações de plantação” e não direitos de plantação, mas ninguém pode agora plantar o quer e onde quer, como seria o caso a partir de 2016 ou 2018!

O novo regime permitirá, até 2030, fazer a gestão das plantações, para todas as categorias de vinho, com um crescimento anual máxima das superfícies plantadas fixado em 1%, podendo os Estados-Membros estabelecer um nível de protecção mais baixo a nível regional ou nacional.

Com o apoio activo do Parlamento Europeu, incluindo da Presidente do Intergrupo Viticultura, Astrid Lulling, do relator do pacote OCM da PAC, Michel Dantin, e do presidente da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu, Paolo De Castro, a causa da regiões vinícolas foi finalmente ouvida. A AREV agradece também a todos os ministros dos países produtores que foram sensíveis aos seus argumentos e se puseram do seu lado.

Durante meses, a AREV esforçou-se em demonstrar os efeitos dramáticos nos planos socioeconómicos e ambientais que teria causado a ausência de qualquer regulamentação. A AREV baseou a sua acção no estudo científico conduzido pelo professor Etienne Montaigne (Montpellier). As conclusões deste trabalho não foram estranhas à alteração da posição do Comissário Ciolos, que recebeu os responsáveis da REV a 11 de Dezembro de 2012. A sua posição foi determinante.

Fonte: Agroportal