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Agrotec

PrimoHorta: o mundo hortícola ao serviço do consumidor

Paulo Leite, gerente da PrimoHorta - Sociedade de Produtores de Hortícolas, dá a conhecer a empresa fundada em novembro de 1999 e que se dedica à produção de hortícolas. O responsável realça que os agricultores/fornecedores «dispõem de certificação em Produção Integrada, GlobalGAP» e que a «segurança alimentar foi uma garantia que a PrimoHorta pretendeu dar desde cedo aos seus clientes e ao consumidor final».

Entrevista: Ana Clara

Fotos: PrimoHorta

primohorta

AGROTEC: Quando nasceu a Primohorta e quais as razões que estão na base da sua criação?

Paulo Leite: A PrimoHorta é uma organização de produtores constituída em novembro de 1999, por 22 sócios, produtores de cenouras, batatas, cebolas, couves, entre outros. A base da sua criação incidiu numa insuficiente resposta ao mercado face ao escoamento de produtos, pois grande parte dos produtos hortícolas comercializados na altura eram de importação, assim como a necessidade de apoio técnico especializado junto dos produtores. Materializou-se assim a perceção que a união faz a força e, consequentemente, uma resposta de forma eficaz e atempada junto ao mercado.

AG: Quais são os vossos grandes objetivos e que estratégias definiram para tal?

PL: A PrimoHorta tem como objetivo continuar o fornecimento de produtos hortícolas de qualidade às principais cadeias de distribuição nacional, bem como continuar a aproveitar outras janelas de oportunidade que continuem a surgir a nível nacional e europeu.

AG: «Garantir a qualidade total dos produtos» é um dos vossos grandes objetivos, como se lê no vosso site. De que forma o fazem?

PL: A qualidade dos nossos produtos tem que ser adequada ao que o cliente pretende, garantir segurança do ponto de vista alimentar e para cumprir este objetivo a nossa preocupação com este tema começa logo desde o campo, através de um acompanhamento dos agricultores, estendendo-se depois à central. Os nossos agricultores/fornecedores dispõem de certificação em Produção Integrada, GlobalGAP e a PrimoHorta, de forma a validar o seu sistema de gestão da qualidade, é certificada na Norma ISO9001:2008 (e conta este ano transitar para a 9001:2015). Temos ainda uma outra certificação, QS Quality Scheme for Food, específica para o mercado alemão.

«Certificação GlobalGAP é imprescindível»

AG: A certificação dos vossos produtos é uma das vossas imagens de marca. Fale-me um pouco desta questão da certificação (Globalgap) e da sua importância.

PL: A certificação GlobalGAP é atualmente imprescindível para a maioria dos nossos clientes. Trata-se de um sistema que já faz parte do quotidiano da PrimoHorta há largos anos, tendo começado até com o antigo esquema de certificação, EurepGAP, daí não ter sido uma preocupação para a PrimoHorta o aumento da exigência desta certificação por parte dos nossos clientes, tanto nacionais, como internacionais. A certificação GlobalGAP, para além de ser uma mais valia no controlo da qualidade e segurança alimentar dos nossos produtos, tem permitido ao mesmo uma evolução constante da consciencialização dos agricultores relativamente aos seus métodos de produção, incluindo as questões ambientais e até sociais, dado já estarmos numa fase em que a extensão social do GlobalGAP, GRASP, também já está implementada em quase todos os nossos sócios e mais alguns produtores.

paulo leite

Paulo Leite

AG: A segurança alimentar, associada à questão da certificação, é algo também importante nesta área. De que forma olha a Primohorta para esta matéria e de que forma também trabalham na sua garantia?

PL: A segurança alimentar foi uma garantia que a PrimoHorta pretendeu dar desde cedo aos seus clientes e, consequentemente, ao consumidor final. Para além do recurso cada vez menor à utilização de produtos fitofarmacêuticos perigosos tanto para o homem como pelo ambiente, a realização das colheitas só começa após a conformidade das análises multiresíduos realizadas aos campo em questão, para além de outros controlos internos que depois são realizados pós-colheita, tanto a nível de resíduos de pesticidas, como metais pesados, etc. Ainda este ano acabámos de adquirir uma estação de tratamento de água através de radiação ultravioleta.

(Continua).

Nota: Esta entrevista foi publicada na edição n.º 23 da Revista Agrotec.

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