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Agrotec

Norma que vai regular comercialização de porco de raça alentejana em vigor em Maio

O Governo colocou em discussão pública a norma que vai regular a comercialização do porco de raça alentejana, vulgarmente conhecido como porco preto, uma reivindicação antiga dos produtores e que deverá entrar em vigor em Maio.

A norma, que vai estar em discussão pública durante 10 dias e deverá ser publicada em Diário da República em Maio, «vai regular a comercialização do porco preto, considerando determinados condicionalismos ligados à raça e ao sistema de criação», explicou à agência Lusa o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agro-alimentar, Nuno Brito.

O secretário de Estado falava à Lusa após ter anunciado a colocação da norma em discussão pública na sessão de abertura da 30.ª Ovibeja, na qual participou em substituição da ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que, ao contrário do previsto, explicou o governante, não pode estar presente, por ter sofrido uma «indisposição» ao fim da manhã.

Segundo Nuno Brito, a norma, que foi «consensualizada» com as associações de produtores, vai permitir, através de «uma nova fórmula de rotulagem», «dar segurança ao consumidor que está, de facto, a consumir porco preto, ou seja, porco de raça alentejana e criado em sistemas extensivos».

«Ao fim de alguns anos, conseguimos por à discussão pública a norma», que é «bastante importante» e uma reivindicação antiga dos produtores, disse Nuno Brito, referindo que Espanha já tem uma norma do género «há vários anos» e «Portugal estava omisso» nesta área.

Na sessão, na qual também participou o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, Nuno Brito destacou também a «dinâmica» do setor agro-alimentar no Alentejo, considerando-o «um factor profundo de esperança» e que permite «acreditar que melhores tempos virão».

«Com certeza, à semelhança do que acontece com a agricultura, iremos passar estes tempos menos fáceis» que Portugal atravessa, disse Nuno Brito, referindo que «a agricultura gera riqueza e emprego» e o Alentejo «é um bom exemplo» disso.

A agricultura tem um «peso relevante» nas áreas do emprego e do desenvolvimento do Alentejo, onde 11 por cento do emprego existente é na agricultura, indicou Nuno Brito, referindo que os investimentos mais recentes no setor agrícola na região, sobretudo impulsionados pelo Alqueva, são uma «fonte acrescida de riqueza e de rendimento».

Fonte: Lusa (via Confagri)