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Agrotec

Governo dos Açores dá mais um passo com vista ao registo do Alho da Graciosa IGP

O Secretário Regional da Agricultura e Florestas afirmou que foi dado mais um passo no processo de registo do Alho da Graciosa como Indicação Geográfica Protegida (IGP), através da assinatura do despacho que valida o pedido da Adega e Cooperativa Agrícola da Graciosa e que será submetido formalmente à Direção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, entidade a quem compete apresentar o pedido à Comissão Europeia.

Alho Graciosa

«Findo o prazo da consulta pública do pedido de registo do Alho da Graciosa IGP e não tendo havido qualquer manifestação de oposição, iniciamos agora uma nova etapa neste processo, que reúne todas as condições para ser validado pela Comissão Europeia», referiu João Ponte.

Para o governante, a denominação IGP constitui uma proteção importante para a cultura do alho ao nível da notoriedade da produção e da garantia de qualidade junto dos mercados e dos consumidores, que traz mais valias aos produtores, melhorando o seu rendimento, promovendo novas oportunidades de negócio e contribuindo para o crescimento e modernização da economia da ilha.

«O regime de certificação da União Europeia constitui, por si só, uma garantia e uma marca de qualidade que os nossos produtos agrícolas devem ambicionar, pelo que tal acarreta de notoriedade e valorização junto dos mercados e dos consumidores», frisou.

O Secretário Regional considerou que a Graciosa tem excelentes condições naturais para a produção de alho, bem como infraestruturas modernas e capazes de responder ao crescimento da produção, como é o caso da nova Adega e Cooperativa, além de um apoio técnico preparado para ajudar a valorizar ainda mais uma produção tradicional e emblemática.

Nesta ilha, com cerca de uma dezena de produtores, existe uma área aproximada de sete hectares dedicada à cultura do alho, com uma produção de cerca de 25 toneladas anuais.

O alho implementou-se com sucesso na ilha Graciosa desde a chegada dos primeiros povoadores, no início do século XV, devido às condições edafoclimáticas propícias ao seu cultivo.

O Secretário Regional da Agricultura recordou que, além do Alho da Graciosa IGP, está também em fase de registo a certificação da Manteiga DOP e do Chá DOP, estando em fase de avaliação a Anona e a Banana dos Açores.