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Agrotec

Campanha de cereais decorre com normalidade

As sementeiras de milho para grão de regadio têm decorrido com normalidade e estão praticamente concluídas, devendo a área ser semelhante à instalada em 2022. As temperaturas elevadas, mas não excessivas ao longo do mês, favoreceram o desenvolvimento vegetativo das plantas. No entanto, observam-se searas com emergências irregulares e povoamentos heterogéneos, sobretudo nas regadas com fita, havendo mesmo algumas áreas ressemeadas.

Área de arroz aumenta 5%

A precipitação acumulada entre outubro e dezembro de 2022 permitiu a reposição das reservas hídricas dos aproveitamentos hidroagrícolas (exceto no Mira e Alto Sado) e dos regadios privados que abastecem os canteiros de arroz, em quantidade suficiente para permitir uma campanha de regadio próxima do normal. As sementeiras do arroz iniciaram-se em abril e encontram-se praticamente concluídas, prevendo-se um aumento da superfície de 5%, face à campanha anterior, essencialmente devido à conclusão das obras de manutenção dos canais de rega do aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado. De um modo geral, as germinações foram regulares e homogéneas, sendo raros os casos em que houve necessidade de ressemear.

Seca compromete a campanha cerealífera, que deverá ser das piores

A ausência de precipitação na primavera, associada a elevadas temperaturas, interferiu, de forma muito negativa, no ciclo vegetativo dos cereais praganosos de sequeiro, promovendo o seu adiantamento e o espigamento precoce. As searas encontram-se na fase final do ciclo vegetativo, apresentam povoamentos ralos, palhas e espigas curtas e deficiências no enchimento do grão, prevendo-se baixas produtividades, havendo inclusivamente áreas de trigo mole e cevada cortadas para feno. No regadio, os cereais também deverão ter quebras de produtividade, às quais se associa o aumento dos custos resultantes da necessidade de incremento das regas. Desta forma, a atual campanha cerealífera deverá ser das piores, devido ao decréscimo das áreas e às reduzidas produtividades.

Fonte: Boletim Mensal da Agricultura e Pescas