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Agrotec

APORMOR repudia cortes nos apoios às Medidas Agro-Ambientais

A APORMOR, associando-se à indignação geral motivada pelo comunicado do dia 9 de Dezembro da Senhora Ministra da Agricultura, onde é deixado à escolha dos agricultores a decisão de optarem por uma única medida Agro-Ambiental na candidatura do Pedido Único de 2020, vem manifestar o seu mais veemente repúdio por tal anúncio.

apormor

Consideram que esta decisão rompe com os compromissos assumidos no atual Quadro Comunitário de Apoio (QCA), que deveriam continuar até à definição do próximo QCA, e é uma opção puramente economicista e até incongruente com o programa do Governo, que se compromete em «promover uma agricultura resiliente» e a «adotar medidas de gestão e conservação do solo, a apostar em pastagens permanentes semeadas e melhoradas, a apoiar e dinamizar a silvopastorícia extensiva». No entanto, vem agora dar um passo atrás, cortando precisamente nos apoios de Medidas Agro-Ambientais que promovem estas boas práticas agrícolas.

A associação refere que os agricultores não têm culpa que, por responsabilidade exclusiva dos decisores políticos, as negociações da nova Política Agrícola Comum estejam paradas. Ninguém consegue planear o futuro enquanto não forem definidas as novas linhas de orientação sobre as componentes ambientais e produtivas.

A manter-se esta (des) orientação, ficam o Governo e a Ministra da Agricultura responsáveis pela inviabilidade económica e financeira de inúmeras explorações agrícolas e pelo agravamento do despovoamento do mundo rural.

A APORMOR enviará uma carta à Senhora Ministra da Agricultura expondo esta preocupação e associar-se-á a todos os movimentos nacionais ou europeus que assumam a defesa da importância económica e ambiental do Mundo Rural e de todos os que nele vivem e trabalham. Esperamos que o Governo reconheça o erro desta decisão e que o corrija a tempo, em nome da sustentabilidade da agricultura e do território rural.

Já outras entidades do setor como, a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo – FAABA, veio comunicar seu descontentamento com este anúncio do Ministério da Agricultura, que referem "com consequências irreparáveis a nível da sustentabilidade, biodiversidade e defesa do ambiente, potenciadoras do abandono da atividade agrícola e fuga do mundo rural".