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Agricultores afectados pelo mau tempo de Janeiro têm crédito com “spread” a 4,5 por cento

Os agricultores afectados pelo mau tempo de Janeiro têm linhas de crédito com um “spread” de 4,5 por cento, considerado «favorável e muito abaixo do que em média é praticado», segundo a tutela, que hoje assinou um protocolo com oito bancos.

Presente na cerimónia de assinatura, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, lembrou que este é um sector sujeito a intempéries, como a que ocorreu em 19 e 20 Janeiro, e que causou «muitos danos em áreas altamente produtivas e rentáveis».

O protocolo assinado prevê linhas de crédito com um prazo de carência de seis meses a um ano, o que permite ao agricultor avançar antes de receber o dinheiro do Programa de Desenvolvimento Rural, (PRODER) explicou a ministra, o qual garante financiamento a 75 por cento a fundo perdido na área de restabelecimento do potencial produtivo.

Assunção Cristas lembrou que há cerca de dois meses tinham sido já assinados protocolos com entidades bancárias para permitir aos agricultores disporem de verbas para conseguir cobrir os restantes 25 por cento.

Cada um dos oito bancos envolvidos deverá disponibilizar uma linha de crédito de 15 milhões de euros. A 19 de fevereiro, o Ministério da Agricultura tinha registado 30 milhões de euros de prejuízos provocados pelo temporal, enquanto as seguradoras avançam uma fatura de 60 milhões de euros.

As Direções Regionais de Agricultura avaliaram os estragos em mais de 1.100 explorações agrícolas, numa área total de 900 hectares em todo o país, indicando que a área mais afectada tinha sido Lisboa e Vale do Tejo.

Pela parte da Associação Portuguesa de Seguradores (APS) confirmou-se que a factura de 60 milhões de euros «deixou de ser uma hipótese para ser uma certeza».

Com dados até 01 de fevereiro, a APS tinha estimado os estragos em 45 milhões de euros, mas admitiu que o valor atingisse os 60 milhões de euros.

As seguradoras referiram uma «significativa concentração dos impactos na região Norte e, sobretudo, na região Centro do país, acomodando esta última mais de metade dos sinistros e dos custos globais».

A ministra garantiu, esta sexta-feira, que os «números do sector falam por si», ao indicar a redução do défice alimentar do país em 15 por cento, o que correspondem a 500 milhões de euros. Estes números contribuem para o «objectivo a médio prazo que é ter a balança agro-alimentar equilibrada em 2020», segundo a governante.

Fonte: Lusa (via Confagri)