Syngenta lidera projeto inovador de armadilhas digitais para monitorizar a traça-da-uva
A propósito do Dia Internacional da Sanidade Vegetal, celebrado a 12 de maio, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) alerta que as pragas agrícolas geram perdas económicas globais de 220 mil milhões de dólares e sublinha a importância de proteger a saúde das plantas, que são a fonte de 80% dos alimentos que comemos e de 98% do oxigénio que respiramos.
Este ano as celebrações têm por mote ‘Sanidade Vegetal, Comércio Seguro e Tecnologias Digitais’, destacando o papel da inovação na fitossanidade.
A Syngenta, enquanto empresa comprometida com o futuro sustentável da agricultura, considera que só integrando todas as soluções ao nosso dispor numa perspetiva de 360º, englobando fitofármacos convencionais, soluções biológicas e agricultura digital e de precisão, será possível proteger as plantas, alimentar a crescente população mundial e cuidar do Planeta.
Cropwise, a plataforma de agricultura digital da Syngenta, ajuda milhões de agricultores em todo o mundo a tomar melhores decisões agronómicas e de gestão nas diversas fases do processo produtivo das culturas.
"A Cropwise é uma plataforma aberta e colaborativa que integra e unifica todas as ferramentas digitais da Syngenta num único local e permite que os agricultores tenham toda a informação sobre as suas explorações numa única ferramenta", explica o responsável de Agricultura Digital da Syngenta Iberia, Alejandro Stewart.
Em Portugal, a primeira aplicação da Cropwise é a inovadora rede de armadilhas digitais para monitorização da praga traça-da-uva (Lobesia botrana).
Desde o ano passado, que a rede de armadilhas digitais está operacional na Península de Setúbal, em colaboração com a Associação de Viticultores do Concelho de Palmela (AVIPE) e os distribuidores locais da Syngenta Agrotaipadas e J. Sobral & Filhos.
Integradas na Cropwise, as armadilhas digitais contêm câmaras de alta definição que captam imagens da traça-da-uva em tempo real e, através de um algoritmo de inteligência artificial, reconhecem e quantificam a praga, permitindo a contagem remota de insetos e a determinação da evolução da curva de voo da praga. Com base nesses dados, são elaborados e enviados relatórios com informação detalhada que ajudam os agricultores a decidir o momento certo para realizar o controlo da praga, facilitando a tomada de medidas preventivas em tempo útil.
Tudo isto com base em relatórios e gráficos detalhados que permitem acompanhar a dinâmica da população das pragas e com a integração da previsão meteorológica, para que os utilizadores alinhem as suas estratégias de controlo com as condições meteorológicas previstas.
Outro dos pontos fortes do projeto liderado pela Syngenta é o seu contributo para a sustentabilidade do meio ambiente. A rede de armadilhas digitais conduz a uma utilização mais responsável dos fatores de produção utilizados na cultura, uma vez que permite otimizar a aplicação de produtos fitofarmacêuticos com base em dados concretos, melhorando a eficácia dos produtos utilizados e minimizando a sua utilização desnecessária.
A Syngenta está a expandir a sua rede de armadilhas digitais a todo o país, para monitorização da traça-da-uva (Lobesia botrana) e da traça-do-olival (Prays Oleae).
Alguns dos principais grupos vitícolas do país já estão a utilizar esta ferramenta de apoio à decisão, assim como alguns dos principais grupos de produtores na cultura do olival.