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Agrotec

Regresso da “TV Rural” à RTP aprovado em Parlamento

O projeto de resolução da maioria que recomenda ao Governo um programa televisivo sobre Agricultura e Mar foi hoje aprovado apenas com os votos favoráveis de PSD e CDS, e com a bancada socialista dividida entre a abstenção e o voto contra.

Cerca de 30 deputados do PS votaram contra a resolução da maioria, enquanto o líder parlamentar, Carlos Zorrinho, e o secretário-geral António José Seguro, se abstiveram.

O projeto de resolução em causa “recomenda ao Governo que promova a realização e a emissão em canal aberto de serviço público de um programa televisivo semanal sobre Agricultura e Mar”.

No texto da resolução, destaca-se o pioneiro “Diário Rural”, emitido  durante 29 anos pelo Rádio Clube Português (entre 1964 e 1993) e o “TV Rural”, apresentado pelo emblemático Sousa Veloso e que esteve em antena entre 1960 e 1990.

Os votos favoráveis de sociais-democratas e democratas cristãos derrotaram os votos contra das referidas três dezenas de deputados socialistas, assim como dos grupos parlamentares comunista, bloquista e de “Os Verdes”, que também votaram contra.

Contudo, alguns deputados questionaram o porquê da não publicitação dos nomes dos parlamentares que votaram contra e dos que se abstiveram, nomeadamente Pedro Delgado Alves ou Isabel Moreira.

O incidente levou mesmo o líder da bancada socialista, Carlos Zorrinho, a requerer então à mesa da Assembleia da República que se apurasse os votos contra, defendendo que os deputados do PS “têm liberdade de voto em matérias que não são estruturais” e que tal exemplo devia ser seguido por outros.

Imediatamente, Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, interveio, afirmando que os deputados “laranja” convivem “muito bem com as suas regras”, enquanto Nuno Magalhães, que comanda a bancada democrata-cristã, fez questão de frisar que os deputados do CDS-PP “sempre tiveram liberdade de voto,  exceto em matérias como orçamentos de Estado, moções de confiança, moções de censura”, por exemplo.

Com algumas provocações das bancadas opostas, Bernardino Soares, também defendeu que os deputados comunistas exerciam os seus mandatos com liberdade, exemplo seguido ainda por Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda.

Lusa (Via Sic Notícias)