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Agrotec

Nova exposição no Museu e aldeia da Luz

ALDEIA DUPLA, a nova exposição no Museu e aldeia da Luz, abre ao público no próximo domingo, dia 21 de Julho, num olhar sobre um processo inédito de construção de uma nova aldeia e de mudança de uma população.

A 8 de fevereiro de 2002, as comportas da barragem de Alqueva foram fechadas, conduzindo à submersão da aldeia da Luz. Entre o verão e o outono desse ano, pessoas, bens, plantas e animais foram mudados para um novo aldeamento, criado de raiz, a cerca de 3 km da velha povoação. Todos estes momentos foram registados em imagens que agora se mostram numa exposição que se desdobra do Museu para a Aldeia da Luz, ocupando espaços na Junta de Freguesia, na Sociedade Recreativa Luzense, no Café da Lousa e na Padaria Grilos.

No Museu da Luz são três os espaços em destaque: na Sala da Água – um conjunto de fotografias, maioritariamente da autoria do etnólogo Benjamim Enes Pereira, conduz-nos num percurso que se inicia com a Barragem de Alqueva e que atravessa os antigos e os novos lugares da Luz, estabelecendo a ideia de Aldeia Dupla; na Sala da Luz – as aldeias da Luz, pelo olhar dos fotógrafos António Carrapato e Miguel Proença, convocam as singularidades da mudança, mas também o quotidiano deixado para trás e que se desvenda num olhar atento; na Sala da Memória – para além dos objetos do meio rural arcaico, doados pelos habitantes da Luz ao museu, mostra-se o documentário ‘A minha aldeia já não mora aqui’, de Catarina Mourão.

Documentos e publicações podem ser folheados na Mesa da Memória, incluindo uma compilação de recortes de jornais que convoca a dimensão mediática do processo de deslocalização da aldeia.

A exposição ficará patente ao público até ao próximo mês de Novembro.