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Agrotec

Indústria do tomate processou 1,2 milhões de toneladas em 2014

tomate_transformadoO ano de 2014 foi especialmente complicado para a fileira do tomate de indústria devido à chuva intensa que caiu em Setembro e que levou a que grande parte da produção se tenha perdido, com os prejuízos inerentes. Apesar disso, o setor foi capaz de processar um milhão e duzentas mil toneladas de tomate, o que permitirá atingir os 250 milhões de euros em exportações.

 Este é um setor que exporta 95 por cento da produção, estando Portugal no 4º lugar do ranking dos maiores exportadores mundiais. A nível nacional, a fileira do tomate é uma das principais indústrias agroalimentares do país.

 Para manter a competitividade do setor, a Associação dos Industriais de Tomate (AIT) defende que, do ponto de vista da estratégia do país há que olhar com cuidado para o futuro. Segundo Miguel Cambezes, Secretário-geral da AIT, “corremos o risco de perder terreno para os nossos concorrentes, se não forem tomadas medidas que incentivem o desenvolvimento e o fortalecimento da fileira”.

 As preocupações setoriais já foram levadas pela AIT a entidades como a Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, a Direção-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia e aos deputados portugueses eleitos para o Parlamento Europeu.

 Por outro lado, também é importante trabalhar para ter melhores condições nos seguros de colheita, de forma a poder torná-los universais, para que possam cumprir integralmente a sua função minimizando os prejuízos que ocorreram nos últimos dois anos, a todos os títulos anormais. É igualmente fundamental baixar custos de produção, sobretudo na energia, que representam o segundo maior custo para os transformadores, a seguir à matéria-prima. Em Portugal, os custos energéticos estão 20 por cento acima da média da União Europeia e 40 por cento acima dos Estados Unidos da América, que são os líderes mundiais. Para não perdermos competitividade e mantermos este setor na vanguarda mundial, reforçando a capacidade exportadora, é fundamental agir sobre estas matérias.

 Pelo lado da AIT, está já em marcha a criação de um centro de competências no setor do tomate, cujos grandes objetivos passam por conseguir reduzir em 10 por cento os custos de produção por hectare, alargar em 10 por cento o número de dias da campanha e reconquistar a segunda posição na produtividade agrícola do tomate a nível mundial, com uma diferença inferior a 10 por cento face à Califórnia.