Estação de Avisos da AVIPE emite novas recomendações agrícolas para a vinha
As castas brancas mais precoces já se encontram numa fase avançada na maturação. Nas castas tintas, como por exemplo na touriga franca, os cachos encontram-se praticamente pintados. As previsões mantêm-se para a data de vindima no início da 2.ª quinzena de Agosto.
Em função das condições climatéricas que temos tido até agora, e com o início de pintor, as dotações de rega devem ser diminuídas consideravelmente. Com os dados de transpiração da planta e com os dados obtidos por leitura da camara de pressão, as quantidades de água devem ser cerca de 14 litros por semana. Estas dotações não são indicadas nas vinhas novas pois devem- se manter no conforto hídrico. Nestas situações, deveremos garantir cerca de 40 litros por semana.
De uma forma geral, há incompatibilidade do cobre com adubos foliares. Confira sempre a compatibilidade dos produtos fitossanitários que podem ser aplicados no mesmo depósito do pulverizador.
Atenção aos intervalos de segurança dos produtos utilizados!
Figura 1:Estados fenológicos entre fecho dos cachos, início de pintor e pintor
As castas brancas mais precoces já se encontram numa fase avançada na maturação. Nas castas tintas, como por exemplo na touriga franca, os cachos encontram-se praticamente pintados. As previsões mantêm-se para a data de vindima no início da 2.ª quinzena de Agosto.
OÍDIO
Os dias quentes e secos no início do mês de julho ajudaram no combate ao oídio. No entanto, são visíveis os estragos em bagos, folhas e varas. Com o desenrolar do pintor, o fungo tem mais dificuldade em instalar-se sendo sua presença visível nas folhas e varas. Relembramos que o Oidio é uma doença de muito difícil erradicação e praticas culturais como a desfolhas e ou despampas mais agressivas ajudam no seu controlo.
Nestas situações onde o oídio foi muito expressivo, a estratégia apresentada em cima deverá ser repetida logo após a vindima, acompanhada de tratamentos fitossanitários logo ao abrolhamento.
CIGARRINHA VERDE
Apesar de até à data não serem visíveis tantos estragos como no ano passado, a presença da praga, em diversas gerações, é facilmente observável. Recordamos que substancias activas como o imidaclopride e o tiametoxame deixaram de estar homologados para a vinha e que a maior parte dos produtos homologados têm ação de choque pelo que a sua persistência é curta.
Chamamos a atenção para a leitura atenta do intervalo de segurança.
TRAÇA
O voo da 3ª geração iniciou esta semana pelo que estará previsto o seu pico pelo dia 8-10 de Agosto. As temperaturas têm papel crucial no voo pelo que a data do pico poderá mudar.
O insecticida deve ser escolhido em função da sua ação ovicida ou larvicida e em função do momento do voo. Há produtos que também têm ação sobre a cigarrinha verde pelo que se recomenda leitura atenta dos rótulos.
Dada a proximidade de vindimas, este tratamento apenas é aconselhável para uvas tintas ou uvas da casta moscatel para produção de vinho licoroso. Chamamos a atenção para a leitura atenta do intervalo de segurança.
ESCA
Observam-se sintomas de Esca nas folhas que se podem restringir a um lançamento ou à cepa toda. Como consequência deste progresso, pode-se assistir à queda total das folhas. Recomenda-se a identificação e marcação das cepas atacadas para que na época de poda seguinte, sejam podadas à Caso a extensão da doença seja grande, recomendam-se 2 tratamentos no ínicio da próxima campanha para combate a doenças do lenho.
ESCALDÃO
Entre os dias 9 e 10 de Julho, as elevadas temperaturas associadas ao vento conduziram a situações de queima. Esta queima foi mais extensa nas vinhas com orientação Norte-Sul, com fraca folhagem e com ausência de rega. Os cachos afectados apresentam uma face queimada e a outra verde. Os estragos tanto podem atingir uma parte do cacho, o cacho todo, folhas e, no limite, pode secar um braço inteiro.
Os resultados não têm sido claros sobre a utilização de protetores solares na redução do escaldão sendo que o seguro de colheitas vitícola é a única forma de minimizar as quebras financeiras.
PEQUENOS INVESTIMENTOS
Estão abertas, até 15 de abril, as candidaturas aos projetos de pequeno investimento. Estes projetos estão enquadrados no programa de desenvolvimento rural (PDR) e são geridos pela ADREPES e são destinados à produção e à transformação.
Caso tenha a intenção de fazer um projeto ou queria saber mais informações, não hesite em contactar a AVIPE.