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Agrotec

Campanha pouco produtiva nas pomóideas

Segundo o Boletim Mensal de Agricultura e Pescas do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativo a setembro, a colheita da maçã iniciou-se em julho e no final de agosto ainda não se encontrava concluída, apresentando dum modo geral um atraso entre uma a duas semanas face a um ano normal.

Pomóideas

Em Trás-os-Montes, as condições meteorológicas foram pouco favoráveis na fase da floração/vingamento, originando uma carga de fruto menor que a observada na campanha anterior. Posteriormente, as quedas de granizo localizadas (finais de maio/princípios de junho) e as situações de escaldão, em resultado das altas temperaturas (julho e primeira década de agosto), acentuaram a previsão de diminuição da produtividade.

No Ribatejo e Oeste, e em particular no Alto e Baixo Oeste, as variedades mais significativas (Fuji e Grupo das Galas) apresentam uma forte alternância (quebra acentuada após campanha com produção historicamente elevada), com reduções do rendimento unitário. Globalmente prevê-se uma produtividade de 19,5 toneladas por hectare (-20% face a 2019 e -8% face à média do último quinquénio).

No caso da pera, no Baixo Oeste a colheita teve início a 12 de agosto (tal como na campanha anterior) e terminou no final de agosto/início de setembro.

No Alto Oeste iniciou-se alguns dias mais tarde e prolongar-se-á pela primeira/segunda semana de setembro. Confirmam-se as diminuições de produtividade anteriormente avançadas (-35% face a 2019), resultado quer da baixa qualidade dos gomos florais e consequente heterogeneidade de abrolhamento, quer da precipitação que ocorreu ao longo da floração (que reduziu a atividade dos insetos polinizadores, aumentando a taxa de insucesso do vingamento dos frutos).

Em termos qualitativos há calibres superiores, maiores teores de açúcar e frutos com mais carepa.