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Agrotec

Angola quer voltar a ser uma potência agrícola mais ainda há obstáculos

Angola viu o seu potencial agrícola, antes muito produtivo, aniquilado por 27 anos de guerra civil, mas está a relançá-lo para diversificar a economia, muito dependente do petróleo, e garantir a segurança alimentar da população.

«Produzimos 120 mil ovos e mil litros de leite por dia, mas gostaríamos de produzir muito mais e transformar esta propriedade numa quinta rentável e moderna», explica José Bettencourt, director adjunto de uma exploração situada 480 quilómetros a sudeste de Luanda.

A quinta, de nome Aldeia Nova, ocupa nove mil hectares, emprega 300 pessoas e sustenta quase 600 famílias de agricultores, cada uma com três hectares de terra e um contrato de venda dos seus produtos.

Desde Abril de 2011 que quase dez mil milhões de dólares foram investidos na Aldeia Nova por um fundo de investimento do grupo israelita Mitrelli, estando a gestão entregue a uma sociedade privada angolana. O projecto conta com o apoio do Ministério da Agricultura.

Esta exploração agro-pecuária, como outras lançadas no país, quer simbolizar a renovação da agricultura angolana e permitir o desenvolvimento de uma produção nacional capaz de substituir as omnipresentes importações de outros países africanos, da Europa e do Brasil.

Exportador mundial de café, bananas e sisal nos anos 1970, Angola importa hoje quase 80 por cento do seu consumo de bens alimentares. Tirando o tomate, o abacate e o ananás locais, na mesa angolana domina o bacalhau, a carne de vaca, as massas, o atum em lata, o grão e o feijão-verde de Portugal, o frango e os ovos do Brasil, as cenouras, laranjas e biscoitos da África do Sul, sem esquecer a cerveja e o vinho importados de todo o mundo.

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