2013 teve o sétimo Março mais chuvoso desde 1931
O mês de Março deste ano foi o sétimo Março mais chuvoso em Portugal continental desde 1931, informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O valor médio da quantidade de precipitação foi de 222 milímetros, o que representa «um desvio de mais 161 milímetros em relação à média de 1971-2000», indicou o IPMA em comunicado.
Quanto à razão deste aumento, o instituto refere que «o estado do tempo foi condicionado por uma região depressionária complexa, com núcleos principais centrados no Arquipélago dos Açores e perturbações frontais a ela associadas, com ocorrência de períodos prolongados com precipitação».
Em consequência, «no mês de Março verificaram-se quantidades de precipitação muito elevadas, cerca de 2,5 a cinco vezes superiores aos valores médios, que levam a classificar este mês como “muito chuvoso a extremamente chuvoso” em todo o território».
O número de dias com precipitação, igual ou superior a um milímetro, variou entre 15 e 25, sendo duas a quatro vezes superior aos valores médios registados entre 1971 e 2000, enquanto o número de dias chuvosos, com precipitação igual ou superior a 10 milímetros, variou entre três e 15, sendo duas a oito vezes superior aos valores médios, precisou o IPMA.
A mesma fonte salientou que um grande número de estações das regiões do norte e centro registou mais de dez dias chuvosos e que se verificou em algumas estações meteorológicas um elevado número de horas consecutivas com precipitação igual ou superior a 0,1 milímetros.
A 31 de Março, prossegue o instituto, «o conteúdo de água no solo apresentava valores superiores aos valores médios, estando o solo saturado em todo o território» e «os valores da quantidade de precipitação acumulada no ano hidrológico, de 01 de Outubro de 2012 a 31 de Março deste ano, variam entre 105 e 190 por cento».
O IPMA aponta ainda que o elevado número de situações com «condições excepcionalmente chuvosas originou numerosas ocorrências de deslizamentos de terras, derrocadas» e que «os elevados valores da precipitação registados fizeram subir consideravelmente o nível dos cursos de água, tendo ocorrido cheias nas principais bacias hidrográficas», uma situação para a qual «contribuiu também a precipitação ocorrida em Espanha e a correspondente necessidade de descargas das barragens».
Fonte: Lusa (via Confagri)