Campanha do milho decorre sem contratempos
Segundo o Boletim Mensal de Agricultura e Pescas relativo ao mês de outubro do Instituto Nacional de Estatística (INE), a colheita do milho de regadio iniciou-se na segunda quinzena de setembro nalgumas áreas semeadas mais cedo, mas a grande maioria das searas ainda está em processo de secagem natural do grão no campo, com previsão de colheita a partir de meados de outubro.
As primeiras ceifas apresentaram produtividades ligeiramente inferiores às da campanha anterior, mas estima-se que as variedades de ciclo mais longo possam compensar este desvio, apontando para um rendimento unitário global de 9,2 toneladas/hectare, valor muito próximo da média dos últimos cinco anos.
Pastagens e forragens com produção acima da média
Ao longo de setembro os prados e pastagens de sequeiro mantiveram-se secos, praticamente sem biomassa disponível e com reduzido valor nutritivo. Apenas as espécies forrageiras anuais e os prados de regadio continuam a fornecer algum alimento às espécies pecuárias em pastoreio.
Desta forma, a alimentação da generalidade dos efetivos explorados em regime extensivo foi assegurada com recurso a palhas e fenos, pontualmente suplementados com rações industriais em quantidades que se consideram normais para a época e semelhantes ao registado a igual período do ano anterior.
A produção forrageira foi superior ao normal - globalmente prevê-se que 20% superior - e, apesar de estar já a ser utilizada, deverá ser possível armazenar quantidades suficientes para assegurar as necessidades nutricionais dos efetivos nos próximos períodos de maior escassez das pastagens ou de impossibilidade de acesso às mesmas.